ATA DA OCTOGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
1º-10-2007.
Ao primeiro dia do mês de
outubro do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores
Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, DJ
Cassiá Gomes, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel,
Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Sebastião Melo e Sofia Cavedon.
Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha,
Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Clênia Maranhão, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen,
Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Luiza, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia e
Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, o Pedido
de Informação nº 168/07 (Processo nº 7477/07) e os Pedidos de Providência nos
4188 a 4194/07; pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência
nos 4178 a 4186/07; pelo Vereador Carlos Comassetto, os Pedidos de
Providência nos 4176, 4177 e 4285 a 4287/07; pelo Vereador Elias
Vidal, o Pedido de Providência nº 4235/07; pelo Vereador Ervino Besson, o
Pedido de Providência nº 4262/07; pelo Vereador Haroldo de Souza, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 198/07 (Processo nº 6741/07) e os Pedidos de Providência
nos 4236 a 4261/07; pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Lei
do Legislativo nº 217/07 (Processo nº 7108/07) e o Pedido de Providência nº
4175/07; pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providência nos
4288 a 4290/07; pelo Vereador José Ismael Heinen, o Pedido de Providência nº
4187/07; pela Vereadora Maria Celeste, o Pedido de Providência nº 4234/07; pela
Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos 4163 a 4174,
4263 e 4283/07; pelo Vereador Professor Garcia, as Indicações nos
137 e 138/07 (Processos nos 7462 e 7482/07, respectivamente), o Pedido
de Informação nº 167/07 (Processo nº 7463/07) e os Pedidos de Providência nos
4195 a 4233/07; pelo Vereador Sebastião Melo, o Pedido de Providência nº
4284/07. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 1146/07, do Senhor
Prefeito Municipal de Porto Alegre; 058, 2612, 2715 e 4407/07, do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, constatada a
existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Sexagésima
Oitava, Sexagésima Nona, Septuagésima, Septuagésima Primeira, Septuagésima
Segunda, Septuagésima Terceira e Septuagésima Quarta Sessões Ordinárias e da
Vigésima Primeira Sessão Solene. A seguir, foi iniciado o GRANDE EXPEDIENTE,
tendo a Senhora Presidenta informado que, durante esse período, seria realizada
homenagem ao Jornal do Comércio, pela campanha “Doação de Órgãos, um Ato de
Amor à Vida”. Compuseram a Mesa: a Vereadora Maria Celeste, Presidenta da
Câmara Municipal de Porto Alegre; o Senhor Mércio Tumelero, Diretor Presidente
do Jornal do Comércio. Ainda, a Senhora Presidenta registrou as presenças,
neste Plenário, dos Senhores Luiz Borges, José Salimen Junior e Roberto Brenol,
respectivamente Diretor Comercial, Diretor de Expansão e Jornalista do Jornal
do Comércio. Em GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora Margarete Moraes enalteceu a
campanha “Doação de Órgãos, um Ato de Amor à Vida”, desenvolvida pelo Jornal do
Comércio, salientando o caráter humanitário e social dessa iniciativa. Sobre o
tema, referindo-se a matéria veiculada na edição do dia vinte e cinco de setembro
do corrente nesse Jornal, acerca de pessoas beneficiadas pela doação de órgãos,
destacou que essa campanha serviu de exemplo para programas semelhantes em todo
o País. Em continuidade, a Senhora Presidenta concedeu a palavra ao Senhor
Mércio Tumelero, que, em nome do Jornal do Comércio, agradeceu a homenagem hoje
prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quarenta e
dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e quarenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum.
Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Luiz Braz questionou a origem das cópias do
filme “Tropa de Elite”, as quais foram assistidas pelos Ministros da Cultura,
Gilberto Gil, e da Justiça, Tarso Genro, citando declarações do Diretor do
filme, José Padilha, de que a distribuição das referidas cópias, para Suas
Excelências, não foi autorizada. Também, discorreu acerca de irregularidades
observadas por Sua Excelência no processo de eleição para o Conselho Tutelar de
Porto Alegre, realizado no dia de ontem. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Carlos
Comassetto, registrando o transcurso, hoje, do Dia Mundial do Habitat e do Dia
Nacional da Reforma Urbana, apontou discussões que vêm sendo realizadas em
Porto Alegre sobre o tema da reforma urbana. Ainda, afirmando que o Município
receberá verbas federais para investimento em áreas relativas ao
desenvolvimento da Cidade, frisou a necessidade da apresentação de projetos
nesse sentido e da criação de Conselho Municipal voltado ao tema. Durante seu
pronunciamento em Comunicações, o Vereador Carlos Comassetto formulou Requerimento
verbal, solicitando que a Mesa Diretora questione a Fundação de Assistência
Social e Cidadania – FASC – acerca de denúncia de que pessoas foram induzidas a
votar na eleição para o Conselho Tutelar sob a ameaça de perderem o benefício
do Programa Bolsa Família do Governo Federal, tendo o Senhor Presidente determinado
que esse Requerimento fosse encaminhado por escrito. Em COMUNICAÇÕES, o
Vereador Carlos Todeschini comentou a filiação do Prefeito José Fogaça ao
Partido do Movimento Democrático Brasileiro, mencionando declarações do Senhor
Hélio Corbelini, do Partido Popular Socialista, sobre o assunto. Nesse
contexto, rechaçou mensagem de correio eletrônico oriunda, segundo Sua
Excelência, de um computador da Prefeitura, sobre reunião político-partidária
na qual estaria sendo negociada a sucessão no Executivo Municipal. Na ocasião,
o Vereador Luiz Braz formulou Requerimento verbal, solicitando a inversão na
ordem dos inscritos para pronunciamento no período de Comunicações. O Vereador DJ
Cassiá Gomes teceu comentários acerca do processo eleitoral para o Conselho
Tutelar de Porto Alegre, realizado ontem, considerando que alguns candidatos
utilizaram suas condições econômicas de forma abusiva nesse pleito. Em relação
ao tema, sugeriu modificações que, segundo Sua Excelência, proporcionariam
maior justiça nas eleições do Conselho Tutelar, conclamando os Senhores
Vereadores a estudarem alternativas que proporcionem maior eqüidade entre os
candidatos desse pleito. O Vereador Professor Garcia afirmou que o processo de
eleição dos Conselheiros Tutelares teve grande evolução este ano, citando como exemplos
disso o crescimento de quarenta para cinqüenta Conselheiros eleitos e de oito
para dez Regiões abrangidas por essas representações. Ainda, considerou
positiva a exigência de escolaridade mínima para a ocupação desses cargos e
sustentou que a apuração de denúncias de irregularidades nesse pleito deve ser
baseada em fatos concretos. O Vereador Dr. Raul saudou o reingresso do
Prefeito José Fogaça ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro, homenageou
os oitenta anos do Hospital Moinhos de Vento e elogiou a campanha “Doação de
Órgãos, um Ato de Amor à Vida”. Também, analisou as votações para os
Conselheiros Tutelares, declarando que houve progresso nesse pleito, em termos
de qualificação dos candidatos inscritos. Finalizando, propugnou por mais
atenção à questão do atendimento médico no Bairro Partenon. O
Vereador Luiz Braz discorreu sobre a Lei Complementar Municipal nº 515/04,
relativa à transferência de potencial construtivo decorrente de desapropriação
de imóvel tombado, quando em benefício de entidades assistenciais. Sobre o
tema, destacou que essa matéria ainda não foi regulamentada, sugerindo sua
inclusão nos debates atinentes ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
008/07, que dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de
Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei anunciou
ter sido eleita delegada da 3ª Conferência Nacional das Cidades, programada
para o período de vinte e quatro a vinte e nove de novembro do corrente, e
enfocou alianças partidárias em construção no País, com vistas às eleições
municipais do próximo ano. Também, registrou o transcurso, hoje, do Dia do
Vendedor e comentou o pleito ocorrido ontem em Porto Alegre, para eleição dos
novos Conselheiros Tutelares. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 2ª
Sessão, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/07, discutido pelo Vereador
Luiz Braz, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos
020/07, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Guilherme Barbosa, Adeli
Sell e Claudio Sebenelo, e 023/07, discutido pelo Vereador Adeli Sell, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 186 e 125/07, este discutido
pelos Vereadores Guilherme Barbosa e Adeli Sell. Na ocasião, o Senhor
Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Senhor Frederico Barbosa,
ex-Vereador desta Casa. Ainda, foi apregoado o Memorando nº 337/07, firmado
pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre,
por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do Vereador
Newton Braga Rosa, hoje, no evento “Simples Nacional em Debate”, no Auditório
Dante Barone, da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Na oportunidade,
o Senhor Presidente registrou o transcurso, ontem, do aniversário do Vereador
Marcelo Danéris, procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão
de felicitações a Sua Excelência. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador Nilo Santos analisou questões atinentes às eleições para Conselheiros
Tutelares, ocorridas ontem em Porto Alegre, denunciando irregularidades que,
segundo Sua Excelência, foram observadas nesse pleito, em especial quanto ao
transporte de eleitores até os locais de votação. Da mesma forma, propugnou por
medidas deste Legislativo para que seja alterado o processo de escolha dos
integrantes dos Conselhos Tutelares do Município. O Vereador Claudio Sebenelo
leu trechos de matéria publicada hoje no jornal Zero Hora, intitulada “Capital
conhece seus conselheiros”, relatando informações ali contidas, de transporte
irregular de eleitores, “boca-de-urna”, indução de votos e falhas na
fiscalização do processo de eleição dos Conselheiros Tutelares de Porto Alegre.
Finalizando, defendeu o Projeto de Lei do Legislativo nº 104/07, de sua
autoria, que propõe concurso público para escolha desses Conselheiros. O
Vereador João Antonio Dib, lembrando ser hoje o Dia do Vereador, leu trecho de
autoria do Professor Mário Gardelin, da Universidade de Caxias do Sul, sobre o
assunto. Ainda, manifestou-se sobre os cento e doze anos do jornal Correio do
Povo, comemorados hoje, ressaltando a importância desse veículo de comunicação
e afirmando que o Correio do Povo tem um trabalho marcado pela defesa da verdade
e dos interesses do povo gaúcho. O Vereador Adeli Sell, discutindo criticamente
a conduta política do Prefeito José Fogaça, contestou a troca de Partido efetuada
por ele, recordando declaração de Sua Senhoria, de que não se candidataria a
mais nenhum cargo público, e, posteriormente, de que não sairia do PMDB. Ainda,
comentou a possibilidade de irregularidades nas eleições para os Conselheiros
Tutelares, realizadas ontem, e, finalizando, questionou a aplicação, por parte
do Governo Municipal, de recursos do programa “ProJovem”. O Vereador Sebastião
Melo alegou que a questão da fidelidade partidária tem de ser avaliada
com equilíbrio, justificando que o Prefeito José Fogaça tem uma carreira
política brilhante e foi um dos Senadores mais importantes do Congresso
Nacional. Também, manifestou-se criticamente sobre as eleições para
Conselheiros Tutelares de Porto Alegre, opinando que a forma atual não atende
aos reais interesses da população e defendendo a criação de comissão de
Vereadores para analisar esse assunto. Após, a Senhora Presidenta registrou a
presença, neste Plenário, do Deputado Federal Paulo Roberto, convidando Sua
Excelência a integrar a Mesa dos trabalhos. A seguir, constatada a existência
de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA
e aprovado Requerimento verbal, formulado pela Vereadora Maria Celeste,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia, nos termos estabelecidos em reunião da Mesa Diretora com o Colégio de
Líderes. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 122/07. Em Votação,
foi aprovado o Requerimento nº 120/07, após ser encaminhado à votação pelos
Vereadores Dr. Raul, Sofia Cavedon, Luiz Braz, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen e Elói Guimarães. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 032/07, após ser encaminhado à votação pelo Vereador
José Ismael Heinen. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria da Vereadora
Maria Celeste, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares no
dia dezessete de setembro do corrente. Durante a votação do Requerimento
anteriormente aprovado, de Licença para Tratar de Interesses Particulares, a
Vereadora Maria Celeste afastou-se da presidência dos trabalhos, nos termos do
artigo 22 do Regimento. Em continuidade, foi apregoado Requerimento de autoria
da Vereadora Sofia Cavedon, subscrito nos termos do artigo 120, inciso VI, do
Regimento e deferido pela Senhora Presidenta, solicitando votação em destaque
para Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 017/07 (Processo nº
6195/07). Também, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pela
Senhora Presidenta e subscritos nos termos do artigo 120, inciso VI, do
Regimento, solicitando votações em destaque referentes ao Projeto de Lei do
Executivo nº 016/07 (Processo nº 6192/07): de autoria da Vereadora Maria
Celeste, com relação às Emendas nos 04 e 35; de autoria do Vereador
Marcelo Danéris, com relação às Emendas nos 02 e 36; e de autoria da
Vereadora Sofia Cavedon, com relação à Emenda nº 05. Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 017/07, o qual, após ser
discutido pela Vereadora Sofia Cavedon e pelos Vereadores Sebastião Melo,
Marcelo Danéris, João Antonio Dib e Adeli Sell, teve sua votação suspensa, em
face da inexistência de quórum deliberativo. Durante a apreciação do Projeto de
Lei do Executivo nº 017/07, o Vereador Haroldo de Souza cedeu seu tempo de
discussão ao Vereador Sebastião Melo. Na oportunidade, por solicitação do Vereador
Sebastião Melo, foi realizada verificação de quórum, constatando-se a existência
do mesmo. Ainda, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se, citando os prazos
legais para apreciação, por esta Casa, dos Projetos de Lei do Executivo nos
016 e 017/07. Às dezoito horas e um minuto, constatada a inexistência de quorum
deliberativo, em verificação solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, a Senhora
Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos
foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste e Neuza Canabarro e pelos
Vereadores João Carlos Nedel, Aldacir Oliboni e João Antonio Dib, este nos
termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelos
Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que,
após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos
ao
Hoje,
este período é destinado a homenagear o Jornal do Comércio pela campanha doação
de órgãos, um ato de amor à vida, nos termos do Requerimento nº 110/07, de
autoria da Verª Margarete Moraes, Processo nº 6.687/07.
Convidamos
para compor a Mesa o Sr. Mércio Tumelero, Diretor-Presidente do Jornal do
Comércio; seja bem-vindo à Casa V. Sª que também é Cidadão da Cidade de Porto
Alegre, homenageado por esta Casa. Prestigiam esta homenagem o Diretor
Comercial do Jornal do Comércio, o Sr. Luiz Borges; o Diretor de Expansão do
Jornal do Comércio, o jornalista Sr. Salimen Júnior, e também o jornalista
Roberto Brenol. Sejam todos bem-vindos à nossa Casa; é um prazer recebê-los.
A
Verª Margarete Moraes, proponente desta homenagem, está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência do Ver. Marcelo Danéris.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Querida
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste, quero saudar o Diretor-Presidente do Jornal
do Comércio, Sr. Mércio Tumelero; o Diretor Comercial do Jornal do Comércio,
Sr. Luiz Borges; o Diretor de Expansão do Jornal do Comércio, o jornalista Sr.
Salimen Júnior; e também o jornalista Roberto Brenol, que nos prestigiam, neste
momento, aqui nesta Sessão de Grande Expediente. Cada Vereador tem um espaço de
Grande Expediente por semestre, Sr. Mércio Tumelero, para realizar uma
homenagem nesse tempo. Eu, sinceramente, creio que este espaço da Câmara
Municipal de Porto Alegre, todos os espaços de diálogo, devam ser espaços para
a discussão política, espaços de idéias, espaços de visões de mundo, de
política, mas, em nenhum momento, eu titubeei, não tive a menor sombra de
dúvida de que a campanha “doação de órgãos, um ato de amor à vida”, realizada,
protagonizada pelo Grupo Zaffari e também pelo Jornal do Comércio, merecia essa
referência pelo conteúdo e, sobretudo, pelo largo alcance social que tem.
Se
nós observarmos as páginas dos jornais de Porto Alegre e do mundo, podemos
perceber a foto de Matheus Lazaretti, uma criança risonha do interior do
Estado, de Bagé, que tem um ano, que teve a vida salva exatamente em 6 de
dezembro do ano passado, em 2006, quando conseguiu realizar um transplante de
coração, no Instituto de Cardiologia , em Porto Alegre, no nosso Estado.
E,
hoje, aquele rostinho, aquela criança extremamente alegre e feliz, é o símbolo
de uma campanha de conscientização levada pelo Ministério da Saúde do Brasil e,
também, por muitas instituições do nosso Estado, por setores da mídia, que,
como o Jornal do Comércio, o fazem com muita sabedoria e muita dignidade. Além
da boa, e, sobretudo, plural informação que é realizada pelo Jornal do
Comércio, também oferece à população de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul
esse trabalho de grande responsabilidade social.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora Margarete, quero
cumprimentá-la pela iniciativa da homenagem ao Jornal do Comércio pela
veiculação da campanha “doação de órgãos, um ato de amor à vida”.
Ao
mesmo tempo, quero cumprimentar a Direção do Jornal do Comércio pela
sensibilidade apresentada no pioneirismo de divulgar essa campanha, pioneirismo
que está frutificando no resto do País e será uma coisa muito boa. Obrigado.
A
SRA. MARGARETE MORAES:
Obrigada, Ver. Dib.
Em
25 de setembro de 2007, o Jornal do Comércio ofereceu fotos de pessoas que
voltaram a ver, voltaram a respirar, voltaram a ouvir, tiveram a medula
funcionando, os rins funcionando, o coração pulsando e, muito mais do que isso,
passaram a ter projetos, passaram a ter sonhos de vida, passaram a ter prazer
em viver, e, de novo, o que é mais importante, a ter metas, a noção de cada um
poder construir o seu futuro.
Nós
sabemos, e também essa campanha nos diz isso, que um único doador pode ajudar
muitas outras pessoas; em torno de dez pessoas. Eu tenho certeza, Ver.
Guilherme Barbosa, que a doação supera o gesto solidário que interessa apenas
ao receptor, à pessoa que está doente ou aos seus familiares e aos seus amigos;
ela tem que superar isso. E a doação deve ser um assunto de todos! E esse
gesto, sobretudo esse gesto de decisão de cada um de nós, deve ser um gesto de
todos e de todas.
O
Sr. Guilherme Barbosa:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Margarete Moraes,
como não terei tempo no Grande Expediente, uso essa possibilidade do aparte
para cumprimentar V. Exª por essa lembrança, para cumprimentar a Direção do
Jornal do Comércio pela campanha e para dizer, realmente, que eu considero o
ato de doação como um dos mais importantes e mais belos atos do ser humano. Sei
que V. Exª não gosta, mas eu acho que a melhor pessoa para fazer esta
homenagem, exatamente, é a própria Verª Margarete, porque em vida fez a doação
de órgãos. (Palmas.)
A
SRA. MARGARETE MORAES: Obrigada.
Também eu acredito que é um consolo, para aqueles que ficam, saber que uma
pessoa que não mais existe pode ajudar outra pessoa a viver, mesmo, e às vezes,
de uma maneira anônima, como foi o caso, por muitos anos, Ver. João Antonio
Dib, do Ver. João Mano José. Penso que ele é um exemplo, que o Ver. Dib trouxe
aqui, pois a partir de então fiquei conhecendo esse exemplo de vitória, de
solidariedade, de generosidade.
Portanto,
esta campanha que é proposta pelo Jornal do Comércio é muito feliz, porque
também orienta, indica os responsáveis para que a corrente se realize. Os
potenciais doadores devem expressar, de maneira muito precisa, essa vontade,
esse desejo de doação. Trata-se de uma rede solidária que só tem sentido quando
atua de forma organizada com o Sistema Único de Saúde, com os demais sistemas
dos hospitais, no Brasil, de maneira ordenada, harmônica e disciplinada, porque
se não há doadores, não há sangue - e nós sabemos que está faltando sangue nos
hospitais de Porto Alegre -; se não há doadores, não há órgãos, e, sem
comunicação, que é o que faz o Jornal do Comércio, não há captação; e sem meios
adequados que os Governos, que os órgãos públicos devem colocar à disposição,
essa esperança se desfaz e, sem a prática, se não acontece esse tipo de
cirurgia, a ciência e a Medicina regridem e a humanidade inteira perde.
O
Sr. Aldacir Oliboni: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Nobre e querida Verª
Margarete Moraes, eu também quero me somar a esta homenagem, parabenizar V.
Exª, e também parabenizar o Jornal do Comércio, por intermédio do Mércio
Tumelero, por saber o quanto é importante a divulgação e a campanha nos órgãos
de comunicação.
Se
nós observarmos as últimas pesquisas, nós vamos verificar que não só aumentou o
número de doadores, mas também aumentou o número de receptores - as pessoas que
receberam órgãos. No passado nós tínhamos muito poucos hospitais que faziam
transplantes; hoje, a grande maioria aqui de Porto Alegre os faz, e com
sucesso. Então, a Medicina avançou, e é preciso, sim, que os Governos avancem,
liberando esses transplantes pelo SUS. Parabéns pela bela homenagem!
A
SRA. MARGARETE MORAES: Obrigada,
Ver. Aldacir Oliboni - V. Exª que é um militante da área da Saúde na nossa
Cidade.
Também
quero fazer uma referência ao Hospital São Lucas, da PUC, que faz as doações
também pelo Sistema Único de Saúde sem nenhum tipo de preconceito. Eles tratam
todos os pacientes de maneira igual; o que interessa para eles é a prioridade
do atendimento - é essa ordem da fila que acontece. Eu sou testemunha disso no
Hospital São Lucas, da PUC, assim como no Grupo Hospitalar Conceição.
O
Sr. Haroldo de Souza: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora Margarete Moraes,
eu quero me juntar também, em nome do PMDB, a esta homenagem que se presta ao
Jornal do Comércio, porque a nossa imprensa, realmente, foi criada, existe e
existirá por todo o sempre exatamente também para isto: além de divulgar as
coisas boas e ruins do nosso dia-a-dia, a imprensa, e principalmente o Jornal
do Comércio - esse jornal guerreiro que identifica tanto as coisas do Rio
Grande do Sul -, nessa campanha de doação de órgãos, mais uma vez se destaca,
dizendo: “Eu estou aqui presente também; estou trabalhando e batalhando pela
sociedade do Rio Grande do Sul”. Parabéns!
A
SRA. MARGARETE MORAES: Obrigada,
Ver. Haroldo de Souza, que se manifestou em nome do seu Partido, o PMDB.
Continuando,
infelizmente algumas pesquisas e indicadores contemporâneos revelam que a
doação, mesmo de sangue, caiu muito em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no
Brasil todo; por isto há esta campanha do Ministério. Imaginem, então, uma
campanha de doação de órgãos. E daí vem a relevância, vem a importância de uma
campanha a favor da doação, sobretudo uma campanha, Sr. Mércio Tumelero, contra
o preconceito - todas as formas de preconceitos obscurantistas para que muitas vidas
sejam salvas. Eu acredito que essas sejam algumas das razões, Ver. Luiz Braz,
mínimas que fazem com que o Jornal do Comércio - além de ser aquele jornal,
como eu disse com muita sinceridade, que é plural, que coloca todos os pontos
de vista com muito talento em relação à política, em relação à vida - seja hoje
um jornal que nos orgulha e nos emociona a cada dia mais.
Antes,
não vamos perder a fala da nossa querida Verª Sofia Cavedon.
A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Margarete, gostaria de parabenizá-la
e me somar, assim como todos os demais Vereadores da Bancada, nesta homenagem
ao Jornal do Comércio. Nós também temos essa opinião sobre o Jornal, que mantém
a imparcialidade, a pluralidade das idéias e esse compromisso social. No
momento em que a gente tem tantas derrotas para a morte, para a violência, este
movimento e esta priorização em relação à vida são muito bem-vindos; o Jornal
deve ser, de fato, homenageado. Parabéns ao Jornal do Comércio!
A SRA. MARGARETE MORAES: Obrigada. Por
fim, Sr. Mércio Tumelero; Sr. Luiz Borges, Diretor Comercial do Jornal do
Comércio; jornalista Salimen Júnior; jornalista Roberto Brenol, fotógrafos e
repórteres aqui presentes, Sr. Eduardo Bins Ely, que também compareceu aqui nos
prestigiando, acredito que falo com muito orgulho em nome de toda a Câmara
Municipal de Porto Alegre, em nome da nossa querida Presidenta, Verª Maria
Celeste, e em nome dos demais Vereadores e Vereadoras, e só posso dizer ao Sr.
Mércio que continue assim; a cidade de Porto Alegre continuará lhes
agradecendo! Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Sr. Mércio
Tumelero, Diretor-Presidente do Jornal do Comércio, está com a palavra.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Neste momento encerramos esta homenagem no período de Grande Expediente,
agradecendo ao Sr. Mércio Tumelero, Presidente do Jornal do Comércio, pela
brilhante iniciativa de tratar, com tanta propriedade, uma campanha que traz de
volta a vida e a esperança a muitas e muitas pessoas da nossa Cidade e do nosso
Estado.
Agradecemos
a participação dos senhores neste Grande Expediente e damos por encerrada esta
homenagem.
Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h42min.)
(O Ver. Aldacir Oliboni assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni – às 14h45min): Estão
reabertos os trabalhos.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, senhoras e senhores, desde que foi anunciado o filme Tropa de
Elite, este Vereador - e acredito que praticamente todas as pessoas que gostam
do tema - ficou com vontade de assistir ao filme; é claro que esta vontade nos
leva a querer esperar, ansiosamente, pelo lançamento desse filme, que deve se
dar nos próximos dias. Surpreenderam-nos, Ver. João Dib, primeiramente, as
declarações do Ministro da Cultura, Sr. Gilberto Gil, que disse ter lá uma
cópia do filme “Tropa de Elite”, Ver. Adeli Sell - V. Exª que combate muito a
pirataria. Posteriormente, o Ministro da Justiça também disse, numa entrevista
à rádio Gaúcha, que já tinha visto o filme. Quando foi perguntado pela repórter se ele viu a
cópia pirata, ele disse que não; que recebeu da produtora uma cópia. Só que eu
ouvi o Diretor do filme, hoje pela manhã, em entrevista à rádio Gaúcha, dizer
assim: “Impossível; passaria por mim. Eu não autorizei ninguém a dar cópia”. O
que significa, primeiramente, que o Ministro da Justiça, o Dr. Tarso Genro,
assistiu a uma cópia pirata; em segundo lugar, e o mais lamentável, que o
Ministro da Justiça, que deve servir de parâmetros para todos nós, que somos
políticos menores, mentiu para a população, e isso, realmente, eu acho que é o
mais grave.
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Braz, hoje de manhã foi formado, aqui no Rio
Grande do Sul, o Comitê Gaúcho de Luta Contra a Pirataria, e foi designada a
Dra. Andréia Gobbi, do INARF, Instituto Nacional de Repressão à Fraude, para
redigir, em nome de todos os seus componentes, para ser aprovado no dia 15, em
nova reunião, uma carta ao Ministro Tarso Genro, fazendo cobrança sobre essa
questão e da necessidade da volta, do retorno das reuniões do Conselho Nacional
de Combate à Pirataria, convidando também ao seu painel de colaboradores, que
eu tenho o prazer de ter sido indicado pelo Ministro passado. Eu quero dizer a
V. Exª que, independentemente do que uma autoridade ou outra fizer, nós estamos
sempre vigilantes nessa questão. E não tenha dúvida de que não importa quem
seja, nós combateremos a pirataria, porque ela está vinculada, de uma forma ou
de outra, ao crime organizado.
O SR. LUIZ BRAZ: Agradeço a V. Exª, Ver. Adeli
Sell, mas V. Exª há de convir que as declarações desses dois Ministros
acabaram, na verdade, incentivando a pirataria. Os dois Ministros serviram para
mostrar que os mais espertos compram a cópia pirata e acabam assistindo antes
dos outros.
Mas eu acredito que o que ficou mais na mente das
pessoas, Ver. João Dib, foi exatamente a mentira em que foi flagrado o Ministro
da Justiça, Sr. Tarso Genro.
Eu estou fazendo estas declarações não porque quero
fazer algum comentário a respeito do filme Tropa de Elite. Muito embora eu
queira assistir o filme. Realmente, estou ansioso para assistir o filme, porque
acho que é um tema muito atual.
Ontem, nós tivemos aqui em nossa Porto Alegre as
disputas pelo Conselho Tutelar, e nessas disputas pelo Conselho Tutelar, nós, é
claro, queríamos ver, assim também como nas outras eleições, que os candidatos
eleitos fossem os melhores para lidarem com as crianças e com os adolescentes,
que é uma causa que sensibiliza a todos nós, porque, com toda a certeza,
precisamos realmente melhorar o atendimento às crianças e aos adolescentes.
Mas o que nós vimos - e eu percorri algumas regiões
da Cidade, estive lá na Antão de Farias, na Vila Bom Jesus, e no Partenon, que
é um bairro que estou sempre percorrendo, em uma das escolas ali na Rua
Humberto de Campos - lá na Antão de Farias, Ver. Todeschini, uma senhora
vestida com uma camiseta do Corinthians, dizia o seguinte: “Eu não vinha, mas
eu vim porque senão eu perderia o Bolsa Família”. Olha, Ver. João Dib, isso foi
declaração dela, que chegou num ônibus, significando, então, que o voto que ela
deu não foi um voto consciente. Ela não estava votando em alguém, porque ela
acreditava que esse alguém fosse modificar alguma coisa nessa luta para que nós
tenhamos melhores condições para as crianças e adolescentes, mas ela estava
votando simplesmente porque ela foi ameaçada, de forma criminosa, de que iria
perder o Bolsa Família. Numa outra escola, aqui na Humberto de Campos, o que
nós vimos também foram, mais ou menos, coisas diferentes, mas no Centro da
Cidade era muito comum se ouvir a frase - veja só, meu amigo, Ver. Oliboni -:
“Deus mandou votar no candidato Fulano de Tal”. Porque tem uma determinada
Igreja que determina que seus fiéis, seus seguidores, votem naqueles candidatos
que são da Igreja. Sabe o que significa isso, DJ Cassiá? Significa que aquele
candidato pode ser bom ou não. Ele não precisa estar voltado para o problema da
criança e do adolescente. Ele simplesmente, Ver. Comassetto, tem que ser o
indicado daquele que é o líder da Igreja; e pronto. O voto já está feito! Eu
acho que isso, realmente, é uma barbaridade, e nós temos de mudar!
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo aparte, Ver. Luiz
Braz. Compartilho, também, das suas preocupações trazidas aqui, mas V. Exª traz
um assunto que é por demais grave, que é a questão do Bolsa Família. Se as
pessoas estavam compelidas ou aliciadas para votarem por ameaça de manterem ou
perderem esse benefício, que era um aprofundamento desta Casa, porque o Bolsa
Família, aqui na Cidade, é de responsabilidade da Prefeitura Municipal.
O SR. LUIZ BRAZ: É, mas foram as frases que eu
ouvi. E tenho certeza absoluta, Ver. Carlos Todeschini, que quem indica as
pessoas para o Bolsa Família, eu acredito que passem muito pelo Partido de V.
Exª Agora, são coisas que eu ouvi, e eu não fiz referência aqui a nenhum
Partido. Eu estou fazendo referência àquilo que eu ouvi, percorrendo, ontem, os
diversos colégios da Cidade. Eu estou colocando dois locais onde, de fato, eu
estive a maior parte do tempo, que foi exatamente ali no Partenon e, também, lá
na Antão da Farias, numa parte do meu tempo, ontem à tarde.
Mas, imaginem só, esses políticos que disputaram
ontem o Conselho Tutelar, olhem a referência que eles têm! Eu acho que nós
temos, na verdade, de cuidar dessas referências.
E eu dei dois exemplos, Ver. Carlos Todeschini, que
nós não podemos deixar que se proliferem. O Ministro Tarso Genro, com quem
sempre tive uma boa relação, quando era Prefeito aqui da Cidade, considero-o,
realmente, um homem muito inteligente - e não estou fazendo aqui nenhum tipo de
alusão a que o Ministro, realmente, seja um homem corrupto ou que, de repente,
ele sempre tenha sido um mau exemplo. Agora, ele não tem o direito, como
Ministro, de mentir numa emissora de rádio e, depois, ser apanhado em flagrante
nessa mentira, como aconteceu na semana passada, quando deu entrevista para a
rádio Gaúcha, falando que a cópia que ele tinha visto do filme Tropa de Elite
tinha sido recebida da produtora. E, hoje, um desmentido do Diretor do filme,
dizendo que era ele quem deveria autorizar,
e não autorizou ninguém a dar cópia ao Ministro. Significando, então, que o
Ministro viu o filme numa cópia pirata. Esses são exemplos que nós devemos
evitar; exemplos ruins para os políticos que estão iniciando agora. Esses
exemplos devem ser evitados, porque, afinal de contas, eu acho que nós temos
que nos esforçar para criarmos uma sociedade em outras bases que não essas que
foram colocadas, ontem, nas eleições que ocorreram aqui em Porto Alegre.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Passamos
às
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra em Comunicações.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, tenho uma fala específica
para fazer hoje, que é a respeito da Reforma Urbana. Porém, antes disso, não
posso deixar passar, meu colega Ver. Luiz Braz, se V. Exª recebeu essas
denúncias da utilização do Bolsa Família sendo atrelado ao voto do Conselho
Tutelar, creio que V. Exª deveria fazer uma denúncia ao Ministério Público,
porque a responsabilidade disso é da FASC, e a FASC tem que apurar essa questão
e se responsabilizar por tal.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Então,
Ver. Oliboni, desta forma, faço um Requerimento à Mesa para que encaminhe à
FASC, buscando esclarecimento da utilização do Bolsa Família no desvio da
utilização das verbas em função do Conselho Tutelar, pautado na fala do meu
colega Ver. Luiz Braz, mandando cópia, obviamente, das nossas notas
taquigráficas; isso é um problema que não podemos deixar passar.
O
Sr. Nilo Santos: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto, quero também
dizer que, com certeza, a Direção da FASC não tem conhecimento desse assunto.
Coloco a nossa Bancada à disposição para apoiar esse processo de fiscalização e
de investigação.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Muito obrigado, Ver. Nilo Santos. Faremos o Requerimento, em nome da Mesa, em
conjunto com o Ver. Nilo Santos.
Hoje,
dia 1º de outubro, é o Dia Mundial do Habitat e o Dia Nacional da Reforma
Urbana, e, hoje e amanhã, haverá uma jornada nacional de lutas pela Reforma
Urbana. Nesse sentido, eu inicio cumprimentando duas Lideranças nacionais que
estão aqui presentes, representando a Confederação Nacional das Associações de
Moradores, o Sr. César Santos e o Sr. Valério Lopes, que participam da UAMPA,
da Fegam e da Conam.
No
final de semana, nós realizamos, aqui em Porto Alegre, a 3ª Conferência
Estadual das Cidades, na qual fizemos uma bela discussão e afirmamos um
conjunto de encaminhamentos. Senhores Vereadores e Senhoras Vereadoras, esse
tema da Reforma Urbana está sendo construído através de uma política nacional,
através do Ministério das Cidades, onde tem assento o Conselho Nacional das
Cidades, do qual tenho o prazer de ser o único Vereador do Rio Grande do Sul a
fazer parte, junto com o Sr. César Santos, aqui presente, que lá também tem
assento. Digo isso, para trazer a esta Casa que nós discutimos com os Vereadores
lá presentes e também para informar que a Verª Maristela Maffei se qualificou
como Delegada, assim como este Vereador que agora fala, para a próxima
Conferência Nacional das Cidades.
A
Reforma Urbana hoje é uma necessidade para o País, mas os Municípios têm que
fazer a sua parte. Nesse caso específico, o Município de Porto Alegre está
recebendo, no próximo período, 401 milhões de reais de recursos, que devem
estar pautados na organização local, mas o Município ainda não discutiu e não
constituiu o Conselho Municipal das Cidades. A discussão do Fundo Municipal das
Cidades, que entrou nesta Casa, extingue um Conselho e elabora outro. Nesse
sentido, a jornada pela Reforma Urbana tem uma longa pauta.
Eu
distribuí às senhoras e aos senhores um documento do Fórum Nacional das
entidades que lutam pela Reforma Urbana, são onze pontos que precisamos
discutir, e essa discussão está vinculada à avaliação do Plano Diretor. Ainda
não veio do Executivo - e esta Casa não trabalhou ainda, senhoras e senhores,
sobre o que faremos com os vazios urbanos dos prédios e dos espaços públicos,
da União, do Estado e do Município, que aqui existem. Nós deixarmos passar essa
agenda, sem fazer essa discussão, sem fazer essa análise, é estarmos fora da
vida real, do que a sociedade exige e do que ela busca o cumprimento.
Portanto,
quero trazer à pauta esta agenda que está colocada hoje, no Dia Mundial do
Habitat e Dia Nacional da Reforma Urbana, para socializar e confabular com os
senhores, colegas Vereadores e Vereadoras, porque essa não é uma agenda de um
dia, mas é uma luta permanente, para que nós possamos diminuir as
desigualdades. E os Municípios têm uma tarefa a fazer, e essa tarefa está
focada, sim, na revisão e na reforma do Plano Diretor. Como esses conteúdos não
vieram, a responsabilidade recai sobre os nossos ombros, para que possamos
elaborar esse trabalho; e não só elaborar como também para defender, lá no
Conselho Nacional das Cidades, que esses recursos do PAC, que estão sendo
destinados para isso, sejam bem aplicados. E bem aplicados significa também ter
o controle social em todas as cidades. Essa é uma tarefa que ainda não foi
concluída em Porto Alegre, e nós temos que constituir o Conselho Municipal da
Cidade, seja ele agregando os demais conselhos, seja ele fundindo os demais
conselhos, mas é um debate que precisamos fazer ainda este ano.
Para
concluir: os Municípios que não concluírem essa agenda estarão fora do
recebimento dos recursos públicos federais a partir de 2008. Creio que os
colegas Vereadores e Vereadoras não gostariam que Porto Alegre ficasse fora
dessa agenda. Portanto, o Executivo tem que encaminhar a esta Casa os estudos
completos para que possamos analisá-los. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Nobre
Ver. Carlos Comassetto, eu gostaria que V. Exª pudesse fazer seu Requerimento
por escrito, com a anuência do Ver. Nilo Santos, para que as notas
taquigráficas, tanto do Ver. Luiz Braz como as suas, possam ser encaminhadas à
FASC para termos um parecer da Entidade.
O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em Comunicações.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Ver.
Oliboni, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, público presente e assistência do Canal 16,
cumprimento todos. Hoje nós não podemos deixar em brancas nuvens o fato
acontecido na última sexta-feira, que foi o ingresso do Prefeito José Fogaça no
PMDB - José Fogaça que liderou uma coligação, filiado ao PPS. Aliás, é bom que
se diga que PPS, PMDB e outras derivações são todos filhos do mesmo PMDB, cuja
mãe maior era o Governador Antônio Britto, que participaram do primeiro
“projeto desmonte 1” do Rio Grande, agora com a reedição “desmonte 2”, da atual
Governadora.
Eu
quero aqui ler uma declaração, não sei se do Presidente atual, mas é de uma
pessoa importante do PPS - Partido do Prefeito, até este momento, e agora não
mais -, o ex-Vereador Hélio Corbelini, do Diretório Municipal do PPS, que
garante que “José Fogaça voltou para onde nunca saiu”. Inclusive, ele cita: “No
Secretariado é esmagadora a maioria do PMDB. Nós estávamos no ‘engana que eu
gosto’.” [Jornal do Comércio, de 1º de outubro de 2007.]
Vejam
só, telespectadores; veja só, cidade de Porto Alegre, o Partido, Verª
Margarete, que elegeu, que sustentou o Prefeito Fogaça está dizendo que estava
sendo enganado, e que Fogaça, na verdade, nunca saiu do PMDB, ainda que a gente
tenha uma opinião muito forte de que todos são muito parecidos, de que todos
fizeram parte do Governo Antônio Britto; todos praticamente participaram da
construção do Governo Germano Rigotto. E agora, então, eles tomam uma posição
em projetos, talvez, muito pessoais como o do Sr. Prefeito, que retorna ao
PMDB. A Cidade elegeu um Prefeito que estava num Partido, numa coligação que
tinha a Liderança de uma candidatura de um determinado Partido. E estamos ainda
há mais de 15 meses para o fim do Governo, e a Cidade recebe uma ação de uma
postura dos seus dirigentes. Portanto, é um fato significativo. E não pensem
que a Cidade não está olhando, que o eleitorado não está olhando para o que acontece.
Aliás, mais preocupado deveria ficar o Sr. Prefeito em coordenar e controlar o
seu Governo, porque parece que, nisso, ele deixa muito a desejar; é um Governo
que está deixando a Cidade muita feia, suja, esburacada, quase abonada. E eu
não estou falando em vão, pois eu tenho um e-mail
que saiu dos computadores da Prefeitura, Ver. Guilherme, para todos os
funcionários, informando (Lê.): “Dirigentes do PMDB e do Partido Progressista
estão reunidos na sede regional do PP, Partido Progressista, para discutir a
sucessão do Prefeito José Fogaça”. Isso aconteceu na sexta-feira, dia 21 de
setembro. Então, vejam só: quando da Administração Popular, nós fomos atacados
muitas vezes por atos que não chegam nem perto deste. Agora, os equipamentos,
os instrumentos do Poder Público estão sendo transformados em instrumentos dos
Partidos. E não menos importante foi o ato da filiação do Prefeito José Fogaça,
que ocorreu na estrutura da Prefeitura, em horário de expediente! Então, o
Prefeito, que pouco está a fim de cuidar da Prefeitura, tem tempo para utilizar
as estruturas partidárias e as estruturas públicas em horário de expediente,
com instrumentos, espaços, computadores da Prefeitura, para fazer campanha
eleitoral e para fazer autopromoção.
Então,
é bom que a Cidade saiba disto: enquanto nós estamos com as ruas escuras,
esburacadas, com a Cidade feia, sendo tomada pela sujeira, o Prefeito está
muito mais preocupado com o seu projeto pessoal, com os seus interesses, e,
talvez, com o grupo que o cerca, para atender o seu projeto pessoal.
Portanto,
fica aqui o meu registro, em Comunicações, porque isso deve ser muito bem
avaliado e muito bem julgado pelos eleitores de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Claudio Sebenelo.
O SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Solicito a inversão da ordem dos
pronunciamentos no período de Comunicações.
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O
Ver. Dr. Raul está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. DJ
Cassiá Gomes está com a palavra em Comunicações, por cedência do Ver. Dr.
Goulart.
O
SR. DJ CASSIÁ GOMES: Sr.
Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores e demais presentes nesta Casa, ontem, eu caminhei
pela nossa querida Porto Alegre e acompanhei atentamente a eleição do Conselho
Tutelar, uma eleição importantíssima, uma eleição que tem um compromisso muito
forte com as nossas crianças. Na minha andança, ontem, acompanhando a eleição
em todos os pontos de Porto Alegre, o que mais me chamou a atenção, Sr.
Presidente, foi o abuso do poder econômico. Aí eu fico me perguntando, Sr.
Presidente e demais Srs. Vereadores e presentes nesta Casa, nós, quando
enfrentamos uma eleição, temos que dar ao Tribunal de Contas, ao Tribunal
Eleitoral, enfim, uma prestação de contas; será que não teria que mudar essa
lei? Eu acho que a lei está equivocada, porque eu vejo Partidos políticos
envolvidos, segmentos religiosos envolvidos, quando deveria ser diferente; quem
deveria estar envolvida é a sociedade, mas de uma forma consciente! Parece que
estão brincando, e trata-se de cuidar das nossas crianças! E outra coisa: eu
não sabia que podia ter chapa, a lei permite isso? Permite? Pois é, Presidente!
Eu acho que o voto deveria ser desvinculado, esse eu acho que seria o modo
certo. Também acho que o voto deveria valer por região, porque um conselheiro
da Microrregião 7, ele conhece a Microrregião 7. Por que o voto da Microrregião 8 ou 9 se
ele é candidato pela Microrregião 7? Mas eu volto ainda a falar na questão do
abuso econômico. Pergunto aos Srs. Vereadores, aqui: é permitido carregar
eleitor nessa eleição? É permitido? Não é, Ver. Adeli; não é permitido? Mas foi
o que eu mais vi ontem, Ver. Luiz Braz! Foi o que eu mais presenciei ontem! E
pergunto: de onde saiu esse dinheiro? De onde veio esse dinheiro?! De que forma
esses candidatos fizeram o seu caixa eleitoral? Têm que prestar contas!
Eu acho que esta Casa tem poder para isso. Nós
temos poderes limitados, mas nós também temos poderes para ir um pouco mais
adiante. Eu acho que tem que ser feita uma prestação de contas de cada
candidato que concorreu.
Eu vou encerrar, falando sobre a questão do
Conselho que me orgulho em fazer parte nesta Casa, aqui, hoje, como Vereador,
mesmo sendo Suplente, porque, salvo melhor juízo, é uma das Casas de maior
respeito no Parlamento brasileiro e mundial. Por isso, tenho certeza de que
esta Casa, independente de Partidos políticos, vai tomar uma providência em
relação a uma prestação de contas de todos os conselheiros que concorreram.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Presidente,
Ver. Aldacir Oliboni; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, hoje, como não poderia deixar de ser, o
tema envolvido é realmente o Conselho Tutelar. Sabemos que cada pleito do
Conselho Tutelar é uma nova discussão. Se nós olharmos esse processo de
eleição, ele teve grandes evoluções. Primeiro: o número de conselheiros para o
próximo ano cresceu 25%, de 40, passa para 50; de oito regiões, passa para dez
regiões. Isso por si só já tem um avanço. É importante lembrar também que, até
esta eleição, não havia exigência de escolaridade. Hoje, já avançou para o
Ensino Fundamental, e não tenho dúvida de que, na próxima, chegaremos, no
mínimo, ao Ensino Médio.
A questão dos cursos de 80 horas, na próxima
eleição, já está na Lei, será de 120, e com o pré-requisito de que os cursos
têm que ter convalidação de pelo menos cinco anos, ou seja, partindo do
pressuposto da vida acadêmica e da formação continuada, fazendo com que esses
conselheiros sempre se atualizem.
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Vereador Garcia, nós temos que, efetivamente, mudar
mais algumas coisas na legislação.
O SR. PROFESSOR GARCIA: É verdade.
O Sr. Adeli Sell: Avançamos bastante. Acho que
talvez tenha que ser um voto por cidadão em vez daquelas chapas de cinco. Eu
verifiquei agora que há chapas que fizeram dois mil votos, mil e quinhentos
votos na região, e o sexto - portanto, o 1º Suplente - fez 500 votos. Essa
disparidade tem que ter alguma explicação. O número de votos nulos e brancos
foi fenomenal. Num colégio aí, houve até um ônibus do Orçamento Participativo
que foi preso, houve polícia envolvida. Isso que o Ver. DJ Cassiá colocou é
impressionante. Rola uma conversa aí que houve uma Região inteira em que um
colega, enfim, um Secretário, não sei quem, bancou campanhas. Nós queremos
saber essas coisas.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Vereador, eu
entendo que essa é uma atribuição inclusive nossa. Se realmente ocorreu, nós
temos que aqui denunciar, porque eu acho que essa é a função e o papel do
Vereador. Mas temos de ter cuidado, também, para não levantar suspeitas,
porque, às vezes, a gente levanta a poeira e depois não consegue resgatar
aquilo que quer... Então eu acho que temos que buscar os subsídios, ter a prova
e ingressar, sim, no Ministério Público, e trazer essa discussão aqui para a
Casa. Talvez em próximas oportunidades, a pessoa tenha que votar com aquela
questão da região a que pertence. Estamos num processo de evolução, ou seja, a
única coisa que sei é que, a cada eleição que passa, evoluímos.
Nessa discussão das chapas de cinco, por exemplo,
recentemente fizemos uma discussão na televisão, e o Ver. Sebenelo sugeriu que
haja uma lei que isso se desse através de concurso. Agora, como vai ser por
concurso, se a nossa legislação fala que pode ser reconduzido por dois
mandatos? E, além disso, um dos grandes pressupostos do Conselho Tutelar é o
convívio, o contato que aquele candidato tem com a região, porque, na
realidade, ele é um facilitador. Agora, por concurso, tu pegas alguém de qualquer
lugar. São coisas que nós temos que discutir.
O
que vejo como grande avanço para a Cidade foi a ampliação, a preocupação que o
Prefeito Fogaça teve de passar de 40 para 50, ou seja, a ampliação do número de
conselheiros tutelares, a ampliação de regiões, delimitando-as.
Nós temos que estar atentos, propor; temos três
anos. Esses conselheiros que foram eleitos ontem vão assumir em janeiro, e nós
temos bastante tempo para pensar em novas propostas, adendar alguma coisa na
Lei para o seu crescimento.
Quero dizer, de forma fraterna, que evoluímos: de
40 para 50 conselheiros, de oito para dez regiões, e melhoramos a estruturação.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Dr.
Raul está com a palavra em Comunicações.
O SR. DR. RAUL: Exmo Ver. Aldacir
Oliboni, na presidência dos trabalhos; Vereadoras, Vereadores, aqueles que nos
assistem através da TVCâmara, eu venho, neste momento de Comunicações, dizer da
nossa satisfação por termos recebido, na sexta-feira passada, o nosso Prefeito
José Fogaça, retornando novamente às fileiras do PMDB. Acreditamos que temos um
grande caminho pela frente em prol da cidade de Porto Alegre, como ele já tem
demonstrado ao longo desses anos.
Em
relação ao Conselho Tutelar, eu gostaria de falar a respeito da oportunidade
que foi dada - e da forma com que esse processo foi conduzido -, aumentando o
número das microrregiões, fazendo com que a nossa preocupação com a criança e
com o adolescente realmente se torne mais materializada nesta Cidade; e agora,
nos próximos anos, com esses novos conselheiros eleitos, a quem eu cumprimento,
faremos uma avaliação real do processo, para que possamos definir o que Porto
Alegre quer para o seu processo eleitoral de Conselheiros Tutelares.
Quando tivemos oportunidade de participar - a minha
idéia não prosperou, mas cheguei a manifestar -, pensamos que, em vez de cinco,
nessas conciliações que foram feitas, fossem três pessoas. Mas eu acho que a
gente deveria votar individualmente
no Conselheiro Tutelar. Acho que o Conselheiro Tutelar tem que ter a sua
representação própria e não se valer da oportunidade da representação de outras
pessoas ou entidades. Eu acredito que o caminho a ser sugerido vai nesse
sentido.
O
Sr. José Ismael Heinen: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, nobre colega Ver.
Dr. Raul, quero cumprimentá-lo pela oportunidade deste pensamento que nós já
defendemos há muito tempo: o Conselho Tutelar tem que votar só em uma
representatividade democrática, proporcional e justa. Parabéns pelo seu
pronunciamento.
O
SR. DR. RAUL: Eu
acredito que isso vai acabar sendo uma idéia de toda a sociedade, vamos dizer
assim, porque realmente vai trazer aquela pessoa de mais qualificação a ser
eleita, pelo menos que tenha uma boa qualificação e uma boa representatividade.
Gostaria
também de referir esse retorno dos PSFs, agora já novamente com atendimento
pleno, vamos dizer assim. Apesar de pequenas dificuldades, a comunidade está
sendo atendida. Tivemos momentos de dificuldades, e agora estamos vigilantes
nessa questão que é muito importante para a Cidade. Inclusive gostaria de dizer
que, na questão dos Postos de Saúde de Família que estão para ser implantados
no Murialdo, precisamos de uma grande discussão. A própria sociedade e aquelas
pessoas que trabalham naquela Região do Partenon, ligadas ao Murialdo, já estão
pensando em função dessa falta de ação entre o Estado e o Município, para que
haja uma efetiva municipalização. Já se tem pensado, inclusive, em voltar
especificamente para a área educacional e fazer com que essa assistência, que
hoje é feita também por postos do Estado, passe à responsabilidade do
Município. Essa é uma outra questão que agora está sendo levantada. Então, nós
precisamos realmente definir o que queremos para aquela Região, porque
precisamos assistir melhor àquelas comunidades; são mais de 150 mil pessoas que
necessitam de um empenho maior por parte da Saúde Pública.
Também
gostaria de referir hoje um evento que acontece em Canela, ao qual devo
comparecer à noite, que é a Festa Nacional da Música. E gostaria de saudar o
Fernando Vieira, que é quem faz esse evento, vamos dizer assim, e tentar trazer
esse tipo de evento para Porto Alegre, porque lá vão estar todos os artistas
nacionais, cantores, vêm artistas da Bahia, de São Paulo, do Rio de Janeiro, há
grandes movimentações culturais e artísticas. Acho que a nossa Cidade também
merece esse tipo de iniciativa.
Também
quero aproveitar para saudar os 80 anos do Hospital Moinhos de Vento, na sua
responsabilidade social que todos nós conhecemos, tentando, também através de
ações como nas Ilhas, como no Partenon, como na Restinga, como no Instituto da
Mama, trazer um pouco de responsabilidade social, de ação, de transparência,
porque nós precisamos que essas entidades que fazem um bom trabalho para a
sociedade se mobilizem, filantrópicas ou não, para que a sociedade seja melhor
atendida em seu todo.
Para
finalizar, quero me solidarizar com a Verª Margarete Moraes pela iniciativa de
trazer a questão da doação de órgãos para esta Casa, e também gostaria de
saudar o Jornal do Comércio.
Como
nós sabemos, todos os órgãos são importantes, mas o principal, vamos dizer
assim, é o sistema hematopoiético, que é responsável pela circulação do sangue,
do qual tanto necessitamos. Precisamos aumentar muito as doações de sangue,
porque a necessidade de muitas famílias é imediata. E queremos fazer a nossa
reflexão no sentido de que doar sangue não tira pedaço de ninguém, só traz
saúde para a sociedade. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do
Ver. Claudio Sebenelo.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sr.
Presidente dos trabalhos, Ver. Aldacir Oliboni, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, é
lamentável que o Projeto do Plano Diretor que chegou a esta Casa não estivesse
em condições de receber a análise dos Srs. Vereadores, senão estaríamos aqui
discutindo as revisões necessárias para que o Plano Diretor pudesse ser o plano
ideal para a nossa sociedade.
Existe
um item que nós trabalhamos aqui, e lembro que era final da gestão do PT em
Porto Alegre.
O
Projeto foi aprovado, um Projeto de minha autoria, só que até hoje,
infelizmente, os técnicos do Planejamento ainda não chegaram a uma conclusão
para que se fizesse uma regulamentação e a utilização do Projeto em benefício
de crianças e idosos.
O
objetivo, na época, Ver. Todeschini, foi votar um Projeto que possibilitava que
se pudesse vender índices, no caso apenas àquelas entidades que cuidavam de
idosos e adolescentes, para que esses índices, em vez de cumprirem aquilo que
nós temos hoje dentro da legislação, que é apenas fazer a conservação do prédio
tombado, que esses índices pudessem servir para ajudar essas entidades a
manterem crianças carentes e também idosos.
A
gente sabe das dificuldades por que passa, por exemplo, o Pão dos Pobres, por
que passa o Asilo Padre Cacique, por que passam outras entidades que seriamente
tentam lidar com esse tema, pois realmente não recebem, muitas vezes, por parte
do Estado, por parte das autoridades, uma atenção devida. Então, essas
entidades, muitas vezes sem receber grandes aportes por parte do Estado, fazem
o seu trabalho suprindo, realmente, essa lacuna que existe em nossa sociedade,
e tentam fazer com que crianças e adolescentes possam receber ensinamentos
básicos, para que possamos, Ver. João Dib, formar a nossa sociedade.
Mas
até hoje - e já temos aí quase três anos percorridos desta Administração Fogaça
- nós temos pedido muito para que o pessoal do Planejamento - e não é uma
questão partidária, Ver. Todeschini... nós temos lidado muito com o pessoal do
Planejamento, e lá há técnicos, na verdade, comprometidos com todos os
Partidos, mas temos lidado com o Planejamento no sentido de que possamos encontrar
uma alternativa para que se faça uma regulamentação no sentido de que essas
instituições possam ser beneficiadas com aquela legislação que nós aprovamos.
Ela foi, inclusive, uma legislação sancionada num dos últimos dias da
Administração do Partido de V. Exª, Ver. Todeschini, e nós aplaudimos isso,
realmente, como um fato positivo, naquela época, porque vínhamos de uma grande,
de uma extensa negociação para que realmente isso pudesse se dar.
Não
é em detrimento do Município essa possibilidade de essas entidades venderem os
seus índices; não vai comprometer, na verdade, esse mercado de índices, porque,
afinal de contas, essa venda poderia ser totalmente controlada, porém, até
agora, ainda não se conseguiu chegar a um denominador comum.
Eu
acredito que com o Projeto do Plano Diretor aqui, com a possibilidade de nós
fazermos uma revisão, quem sabe nós vamos fazer com que aquilo pelo que nós nos
esforçamos para aprovar lá atrás, Ver. João Dib, possa agora, na revisão do
Plano Diretor, entrar até como uma regulamentação dentro do Projeto do Plano
Diretor. É possível uma certa indicação para que esse problema realmente possa
ser resolvido. Seria como se nós tivéssemos que criar uma nova possibilidade,
que já está aberta lá, quando nós aprovamos a Lei nº 505, que cria essa nova
possibilidade para se negociar índices construtivos. Mas até agora a Secretaria
de Planejamento não conseguiu encontrar a fórmula ideal para se fazer a
regulamentação dessa legislação.
Lembrando,
só para encerrar, Sr. Presidente, é claro, não é a regulamentação que dá
eficácia à Lei, o que dá eficácia à Lei é quando se dá publicidade à
legislação. Todos os doutrinadores usam argumentos bastante fartos para dizer
que a regulamentação apenas atua no sentido de fazer com que o cidadão possa
utilizar aquela legislação da melhor forma possível. Mas a Lei, desde que é
publicada, já está valendo.
Então,
eu só espero que a Secretaria de Planejamento do nosso Município possa
encontrar o modelo ideal para nós podermos, realmente, regulamentar a Lei nº
505.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Senhores
Vereadores, Senhoras Vereadoras; Ver. Oliboni, na presidência dos trabalhos,
hoje comemoramos o Dia Internacional do Habitat e, aqui no Brasil, o Fórum
Nacional de Reforma Urbana; o dia de luta em defesa da Reforma Urbana. O
Brasil, senhoras e senhores, tem hoje mais de 84% da sua população em áreas
urbanas, fruto de uma política que, durante décadas, beneficiou o latifúndio,
causando um grande êxodo rural nas décadas de 60 e 70. Além disso,
não houve um planejamento das cidades, fazendo com que a ocupação do solo
urbano também criasse latifúndios urbanos de um lado, e aglomerados urbanos sem
nenhuma infra-estrutura, de outro.
Nesse período, cresceu a luta pela Reforma Urbana,
visando mudar esse quadro, e, fruto dessa luta, o Fórum Nacional de Reforma
Urbana foi constituído e congrega, hoje, dezenas de ONGs, movimentos populares
e estudiosos do tema.
Com a eleição do Presidente Lula, o Governo
Federal, atendendo a um anseio do movimento pela Reforma Urbana, criou o
Ministério das Cidades, que, por sua vez, instituiu o processo de realização
das Conferências das Cidades.
Como já foi dito aqui pelo Vereador e companheiro
Comassetto - ele, com assento nato -, esta Vereadora agora é Delegada dos
legisladores dos Municípios; fomos eleitos nesse fim de semana para estarmos na
Conferência Nacional das Cidades, de 24 a 29 de novembro.
Senhoras e senhores, também sabemos que não é
possível examinar a questão urbana de forma fragmentada. Antes, um Ministério
tratava da Habitação, outro do Saneamento, um terceiro era responsável pelo
Transporte. Isso tudo precisa ser concatenado. Como pensar Habitação sem
Saneamento? Como pensar Habitação sem considerar a malha viária de uma cidade?
Senão, teremos a repetição de absurdos como o que acontece, por exemplo, com a
nossa querida Restinga, localizada a 25km do Centro de Porto Alegre, o que cria
problemas terríveis para o Saneamento, para o Transporte, e assim por diante. É
assim que acontece não apenas lá, mas em tantos outros bairros da nossa Cidade,
como na Lomba do Pinheiro, como na Zona Norte, enfim, o Ver. Dib sabe muito
bem, pois esta é a realidade.
O déficit habitacional, Ver. Dib, chega a 7,9
milhões, quase 8 milhões de moradias, e a nossa Cidade não foge dessa
realidade.
Feito o Estatuto da Cidade, a primeira Emenda
Constitucional que ingressou no Congresso com um milhão de assinaturas, propôs
a criação do Sistema Nacional de Habitação Popular e do Fundo Nacional de
Habitação Popular. Foram quase 15 anos para a sua aprovação.
Ver. Dib, nós estamos numa luta aqui, na nossa
Cidade, e no ano que vem temos uma eleição pela frente. Quero chamar a atenção
aos últimos fatos ocorridos na nossa Cidade. E quero aqui cumprimentar o Ver. Sebastião Melo, o Ver.
Bernardino, toda a Bancada do PMDB, como também o nobre Senador Simon, pelo
esforço que fizeram em ter uma alternativa à Prefeitura de Porto Alegre,
conversando profundamente com a nossa Bancada, do PCdoB, juntamente com a
Manuela d’Ávila, candidata à Prefeita. Infelizmente não foi possível termos
essa aliança, primeiramente, o que eu lamento, e tenho certeza de que esses
Vereadores também. Mas eu quero dizer, Ver. Bernardino, que nós somos parceiros
de luta e a história não termina aqui! A candidatura da Manuela, nossa Deputada
Federal, não se estancou no momento em que o Prefeito Fogaça retornou ao PMDB;
ao contrário, ela é uma candidatura viável, e é uma alternativa.
Nós
vamos continuar conversando com os companheiros do PT, nós vamos continuar
conversando com o PTB, vamos continuar conversando com o PSB, bem como com o
PDT, que é o nosso bloco, o centro da nossa discussão.
Então,
nesse sentido, Ver. Dib, quero registrar, referendar o posicionamento do PCdoB
de continuar com a sua candidatura no ano que vem, como alternativa para Porto
Alegre. Acreditamos que a história não se limita num final de semana; muita
coisa pode acontecer. Quero dizer ao Ver. Sebastião Melo que, até hoje, ainda,
pode ser mudado de Partido, as pessoas podem buscar alternativas, e nós
acreditamos que, até o final da tarde, muita coisa vai acontecer.
Quero
elogiar o processo democrático que vivemos, pois tivemos a eleição, Ver.
Oliboni, dos Conselhos Tutelares, neste final de semana, em que participamos
ativamente, independente de resultados bons ou não para uma ou outra
agremiação, mas a nossa luta continua!
Eu
gostaria de enviar, Vereador, um caloroso abraço para o Sr. Carlos Giacoboni,
Presidente do Sindicato dos Vendedores Viajantes do Estado do Rio Grande do
Sul, e ao Sr. João Manoel, Secretário do Sivevi-RS, e, através deles, estender
a nossa homenagem a todos os vendedores viajantes que comemoram o seu dia em
toda a América Latina. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 4484/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 020/07, de autoria do
Ver. Claudio Sebenelo, que altera o § 1º do art. 136 da Lei Complementar nº
395, de 26 de dezembro de 1996, e alterações posteriores, que institui o Código
Municipal de Saúde do Município de Porto Alegre e dá outras providências, alterando
o total de animais das espécies canina e felina na caracterização de canil ou
gatil de propriedade privada.
PROC.
Nº 6972/07 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 004/07, de autoria da
Mesa Diretora, que inclui §§ 1º e 2º no art. 49 da Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre e revoga o art. 23 do Ato das Disposições Orgânicas Gerais e
Transitórias da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, determinando a
garantida, pelo Município, da manutenção da entidade de assistência à saúde,
mediante a participação de seus servidores, e definindo a forma de composição
da direção dessa entidade.
PROC.
Nº 4281/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 125/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que define percentuais de investimento em habitações
populares, a serem observados na implementação de programas habitacionais
provenientes de receitas deliberadas pelo Orçamento Participativo.
PROC.
Nº 4301/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 023/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que altera o “caput” do art. 4º da Lei Complementar nº 317,
de 22 de março de 1994, alterada pela Lei Complementar nº 539, de 29 de
dezembro de 2005, que disciplina a afixação de placas indicativas
com nomes de logradouros, na zona urbana do Município, em imóveis
localizados em esquinas, estabelecendo as dimensões dessas placas.
PROC.
Nº 6322/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 186/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Argemiro Ogando Corrêa o logradouro
formado pelos logradouros não-cadastrados, conhecidos como Rua B – Vila dos
Sargentos – e Rua D – Vila dos Sargentos -, localizados no bairro Serraria. (Este
projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar
será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje é um
dia excepcional: há apenas cinco projetos em Pauta, todos em 2ª Sessão; não há
nenhum em 1ª nem em 3ª Sessão.
Eu
me permito, Sr. Presidente, ler parte de um Ofício que foi encaminhado a este
Vereador pela Dra. Izar Aparecida Xausa. Ela relembra “a visita a Porto Alegre
do psiquiatra austríaco autor da Logoterapia, Dr. Viktor E. Frankl, considerado
um dos maiores nomes do século XX, oportunidade em que ele presidiu o 1º
Encontro Latino-Americano Humanístico-Existencial de Logoterapia, em 1984,
durante o qual recebeu além do Título de Dr. Honoris Causa pela PUC, a
chave simbólica da Cidade de Porto Alegre e a medalha de Honra desta Capital
pelas mãos de Sua Excelência, então Prefeito desta Capital. Em seu discurso, o
Dr. Frankl, analisando a época atual com grande carência de responsabilidade,
sugeriu a construção de uma estátua à ‘responsabilidade’, para complementar a
da liberdade. Também indicou nossa Capital, entre inúmeras cidades onde esteve
no mundo, por ela estar no hemisfério sul e cuja forma geográfica lembra Nova
Iorque”.
Eu
estou fazendo a leitura dessa solicitação da Dra. Izar à Câmara Municipal para
que faça um monumento à responsabilidade, pois nós temos aqui, em 2ª Sessão, um
Projeto de Lei Complementar que pretende demonstrar a preocupação com os
animais, mais especificamente animais de espécies canina e felina. Mas se nós
temos responsabilidade com os animais, nós também temos responsabilidades com a
criatura humana, sem dúvida nenhuma, e até em primeiro lugar. E pensando na
solicitação que a Dra. Izar fez à Câmara Municipal, eu pedi ao artista plástico
José Antonio Russo que tivesse uma idéia sobre como retrataria a
responsabilidade. (Mostra a maquete.) E o artista plástico realmente fez um
monumento em que estão representados nestes gomos, de um lado, o universo
(Mostra.); aqui, representados os animais; e, do outro lado, representados os homens, todos
protegidos pelo guarda-chuva da responsabilidade. Este monumento seria feito em
concreto, e também teríamos esta parte do guarda-chuva em ferro, como temos aí
o Monumento dos Açorianos. O lugar escolhido foi o pátio da Câmara Municipal;
ele também fez o estudo mostrando como ficaria colocado dentro do pátio da
Câmara Municipal.
Esse monumento seria iluminado por baixo e teria
dois holofotes colocados, com uma luz verde, uma luz vermelha e outra amarela,
dando as cores do Rio Grande. E a responsabilidade estaria expressa na frase de
Saint’ Exupéry, dizendo que somos responsáveis eternamente por todas aquelas
pessoas que confiaram em nós, num momento em que a responsabilidade foi
esquecida no Brasil, em que o nosso Congresso Nacional não sabe mais que tem
responsabilidade sobre toda a população brasileira, sobre toda a nossa flora,
sobre toda a nossa fauna, é importante que se lembre do monumento.
Estou fazendo a primeira apresentação do projeto do
Monumento que terá seis metros de altura, para que possamos mostrar à Mesa para
que autorize ou não, aí daremos continuidade; não há de ter custos para a
Câmara, porque vamos, através da comunidade, buscar recursos para fazê-lo, e
assim todos os Vereadores serão lembrados, todos os dias, de que existe
responsabilidade; a nossa responsabilidade sobre a Cidade, a nossa
responsabilidade sobre o nosso Estado e a nossa responsabilidade sobre o nosso
País.
Lembra-me bem o Ver. Bernardino Vendruscolo que
hoje é o Dia do Vereador, responsável por todos aqueles que nele acreditaram,
responsável pela Cidade, e essa seria uma oportunidade que teríamos de, num
singelo monumento com seis metros de altura - dois metros representando o
globo, dois metros representando o homem e o animal e mais dois metros para o
guarda-chuva -, no gramado, o que ficaria excelente.
Portanto, Sr. Presidente, quando nos preocupamos
com os animais, há alguém também se preocupando com toda a coletividade. Saúde
e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Obrigado, Ver.
João Antonio Dib, sugiro que esse belo projeto seja levado à Mesa Diretora, na
reunião de segunda-feira entre Mesa e Lideranças, pois tenho certeza de que os
Vereadores irão se somar a essa idéia.
A Verª Neuza Canabarro está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
Queremos anunciar a presença do Ver. Frederico
Barbosa, ex-Vereador desta Casa. Seja bem-vindo à Casa do Povo.
O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Boa-tarde a
todos, ao Presidente, Ver. Aldacir Oliboni, colegas Vereadores e Vereadoras;
saúdo o Ver. Frederico Barbosa - com quem muitas vezes me confundem pelo
sobrenome -; demais pessoas que nos acompanham, neste período de discussão
preliminar de Pauta, aproveitando, inclusive, a presença da Verª Maria Luiza,
volto a discutir um Projeto interessante, de autoria de V. Exª, que define
percentuais de investimento em habitação popular a serem observados na
implementação de programas habitacionais provenientes de receitas deliberadas
pelo Orçamento Participativo. Eu comentei, da outra vez, que é sempre uma
preocupação daqueles que militam nessa área, assim como do pessoal que milita
na área da Assistência Social, e muitas vezes ouvi essa queixa e um desejo de,
numa determinada luta no Orçamento do Município, nós também tivéssemos uma
verba pré-determinada - assim como nós temos na Lei Orgânica para a Saúde e
para a Educação -, um percentual do Orçamento Municipal para aplicação em
políticas sociais. Da mesma forma, militantes da habitação popular faziam essa
reivindicação, no sentido de que haja um percentual, uma parcela, já
anteriormente definida, para que se aplique nessa atividade do Município.
Não há como negar que essas pessoas têm uma base de
razão, na medida em que são duas atividades importantíssimas, que atendem,
inclusive, a setores carentes da nossa população: políticas sociais às
crianças, ao idoso, às pessoas moradoras de rua, sejam adultas ou não. Então,
são preocupações verdadeiras e, da mesma maneira, no caso da habitação popular,
já que a tarefa do Município, através do DEMHAB, é construir moradias para
pessoas carentes, para famílias de baixa renda.
Então, eu queria ouvir da Vereadora, se fosse
possível, em aparte, porque eu não entendi bem, Vereadora, se já seria uma parcela fixa no Orçamento do
Município, ou a partir da definição do Orçamento Participativo os percentuais
seriam aplicados; o que V. Exª propõe? Um percentual para pessoas portadoras de
deficiências, e assim por diante. Então, se V. Exª puder esclarecer, eu
agradeço.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Sim,
mas não é o Orçamento todo da Prefeitura. Primeiro, tem a definição do
Orçamento Participativo - se vai ser um milhão, se serão cinco milhões, e assim
por diante. A partir daí seriam aplicados, então, os percentuais a cada grupo
social?
A
Srª Maria Luiza: Exatamente,
esta é a proposta.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Perfeito.
Eu tinha essa dúvida, se seria já no Orçamento da Prefeitura. Pegaria o
Orçamento da Prefeitura e seriam aplicados os percentuais.
A
Srª Maria Luiza: Não; é
a partir do Orçamento definido pelas deliberações do nosso Orçamento
Participativo, no que diz respeito à política de Habitação.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Agradeço.
Assim já é uma questão que me agrada, na medida em que se respeita o processo
do OP e, daí, se aplicam os percentuais fazendo as estratificações.
A
Srª Maria Luiza: Isso
mesmo, esse é o objetivo.
O
SR. GUILHERME BARBOSA:
Agradeço a V. Exª pelo esclarecimento.
Um
outro Projeto que já comentei em outra oportunidade, de autoria do Ver.
Sebenelo, a respeito dos canis, que altera a quantidade de animais que se teria
em cada imóvel para que fosse considerado um canil ou um gatil - que hoje é um
total de cinco, somando os dois tipos de animais; e a proposta do Ver. Sebenelo
é que passe a ser oito. Ou seja, nós temos aí um aumento de 60%; parece um
número pequeno, mas, na verdade, seria ampliar em 60%. E sabemos, é uma
verdade, que é crescente o número de animais de estimação que as pessoas
possuem - sejam famílias, sejam pessoas que moram sozinhas - como uma
companhia. Agora, é claro, tem uma questão a resolver, que é verdade também:
que há muitas queixas dos vizinhos. Depende exatamente da maneira como aqueles
que detêm esses animais, que possuem esses animais, que às vezes fazem parte da
própria família, tratam seus animais; se cuidam bem, se fazem uma limpeza
adequada do imóvel, e assim por diante. Portanto, acho que tem uma discussão
aberta aí. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; colegas Vereadoras e Vereadores, cidadãs e cidadãos de
Porto Alegre, é importante que na semana em que comemoramos o Dia Mundial dos
Animais, 04 de outubro, e aqui em Porto Alegre, por Lei nossa, o Dia de
Proteção e contra os Maus-Tratos, nós possamos discutir a questão dos animais,
tanto de gatos como cachorros, os chamados canis e gatis privados. A questão
não é tanto o número, o problema é a forma de cuidar. Ontem, eu estava numa
vila e lá o local tem seis animais, ou seja, um a mais do que diz o nosso
Código. Talvez se pudesse ter 15, 14, 20, e o problema seria bem menor do que
aquele que tem seis; o problema são os cuidados. Infelizmente, a Secretaria
Municipal da Saúde não tem uma estrutura, apesar da Vigilância Sanitária ser de
primeira qualidade, ser exemplar, mas não tem estrutura para uma efetiva
fiscalização. E até o Governo Municipal, que empenhou até agora, neste ano, 14
milhões do seu Orçamento em publicidade, Ver. Marcelo Danéris, bem que poderia
fazer uma campanha educativa para que as pessoas saíssem à rua cuidando bem dos
seus animais; que pudesse fazer, por exemplo, campanhas de educação para o
Trânsito; porque tem 50 mil reais, que eu coloquei no Orçamento, e não o faz.
Então, tudo é uma questão de educação que nós temos que construir,
indiscutivelmente; um novo modus vivendi nas cidades. As cidades são
locais de convivência de pessoas das mais variadas etnias, de procedimentos de
locais completamente diferentes, que vêm de uma tradição rural para uma cidade
consolidada como uma grande metrópole.
Sr. Presidente, Ver. Oliboni, V. Exª poderia marcar
o tempo para não ser acusado de que estou passando dele.
Eu também gostaria de dialogar com a Verª Maria
Luiza, que tem apresentado um grande número de Projetos aqui nesta Casa, que é
da Bancada do PTB, que faz parte do Governo Municipal e que também tem sob sua
responsabilidade o DEMHAB e, portanto, eu gostaria que nós pudéssemos dialogar
com o seu Governo, com o seu Partido, com o titular do DEMHAB sobre esse tema
que poderá se transformar em lei, talvez a partir do ano que vem.
Eu sou um grande defensor do Orçamento
Participativo - e vejo que V. Exª se soma a esse processo, o que é altamente
meritório, até porque o seu colega, o Vice-Prefeito, nunca gostou tanto do
Orçamento Participativo! Eu vejo que há uma evolução na Bancada do PTB,
principalmente aqui nesta Casa, pois tem dialogado bastante sobre temas
populares, sobre a participação democrática. Ouvi, há pouco, manifestações do
Ver. DJ Cassiá, e também uma conversa com o Ver. Nilo Santos sobre a eleição do
Conselho Tutelar que aconteceu ontem, em que comentava exatamente as
preocupações com a população, para que não aconteça - como aconteceu, e às
vezes fazem, nas reuniões do Orçamento Participativo ou no Conselho -, como se
diz na nossa linguagem gaudéria, de “passar a patrola nos outros”.
Então,
acho que precisamos dialogar, e deve haver uma parcela, sim, importantíssima do
Orçamento Participativo. V. Exª está propondo claramente percentuais, mas eu
diria que, inclusive, tem que haver uma verba emergencial para socorrer as
pessoas e colocá-las em locais adequados, como nesse caso, de um conjunto de
intempéries que causou uma enchente avassaladora nas Ilhas. Nós temos um
problema - eu já conversei com o Titular do DEMHAB, o Dr. Tessaro - nas Ilhas
do Delta, que foi transformado em APA - Área de Proteção Ambiental. E o DEMHAB
deveria - talvez por não ter condições, e eu gostaria que V. Exª lembrasse o
Dr. Tessaro - resolver o problema da Área de Proteção Ambiental do Delta do
Jacuí, das Ilhas. O DEMHAB terá de delimitar quais as casas que ficam na área
consolidada, que é praticamente 2%, mas há uma área com 14 residências - só vou
citar o caso da Ilha da Pintada, onde fui, inclusive com os Diretores do DEMHAB
-, que estão em condições completamente inadequadas, perigosíssimas, e fora da
APA.
Portanto, precisamos tomar posição,
independentemente de estar ou não no Orçamento Participativo, porque é uma
questão de emergência, de área de risco.
Queria dialogar com V. Exª sobre essa questão de um
percentual, já que V. Exª pertence ao Governo e tem relação com o DEMHAB, para
que em um dos seus artigos tenha uma quantificação percentual para esses
problemas de área de risco.
A
Srª Maria Luiza: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigada pelo aparte, Ver. Adeli
Sell. Está bem colocada a sua sugestão. Eu acredito que a gente possa discutir,
possa amadurecer a questão, e não tenho dúvida nenhuma quanto ao nosso Diretor
Nelcir Tessaro; podemos, com certeza, agendar um horário com ele para conversar
sobre essa necessidade. Também vejo como oportuna uma Emenda à proposta que eu
trago a esta Casa, para que a gente possa contemplar várias pessoas que se
situam em área de risco, como é o caso dos moradores das nossas Ilhas. A gente
sabe que este é um momento difícil, em que várias famílias realmente estão em
dificuldade, estão com as suas casas tomadas pela água, e alguns moradores não
saem de casa com receio, com medo de terem seus objetos, seus pertences
roubados. Então, eu parabenizo o senhor pela colocação, e estamos abertos para
agregá-la à proposta que trazemos a esta Casa. Obrigada.
O
SR. ADELI SELL:
Perfeito, vou fazer. Por fim, mas não menos importante, o outro Projeto da
colega Maria Luiza, que disciplina a afixação de placas indicativas com nomes
de logradouros, na Zona Urbana de Porto Alegre, em imóveis localizados em
esquinas, estabelecendo as dimensões dessas placas. Vou convidá-la a fazer essa
cruzada comigo e com o Ver. João Dib, que temos, sistematicamente, junto com
outros Vereadores, colocado a preocupação com a falta de indicação de nomes de
ruas na nossa Cidade. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni):
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sr.
Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu vou
repetir aqui uma frase do Ver. João Dib, pedindo licença para isso, dizendo que
leis não devem ser feitas aos montões, como se fossem histórias em quadrinhos,
porque nós não devemos votar aqui simplesmente por votar, principalmente quando
a matéria vem da Mesa Diretora da Casa. A Mesa Diretora deve ser mais ciosa
ainda quando coloca uma matéria para ser votada pelo Plenário. O PELO nº
004/07, de autoria da Mesa Diretora, inclui §§ 1º e 2º no art. 49 da Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre e revoga o art. 23 do Ato das Disposições
Orgânicas Gerais e Transitórias da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre”.
O que diz o art. 23 das Disposições Transitórias? Diz assim: “O Município, no
prazo de cento e vinte dias da promulgação da Lei Orgânica [isso já há bastante
tempo], criará entidade de assistência à saúde de seus servidores e
dependentes”. Isso era o tal de IAMPA, que foi aprovado através de uma
Legislação criada aqui por esta Casa, e que deveria funcionar, se não fosse
esse inciso II do § 1º do mesmo art. 23, que diz assim: “A entidade a que se
refere o caput será extinta quando da efetiva implantação do Sistema
Único de Saúde no Município de Porto Alegre”. Ora! É claro que aquele IAMPA,
Ver. Adeli, que nem chegou a funcionar, foi extinto quando, em 1986, nós
tivemos a implantação do SUS no Governo do hoje Ministro Tarso Genro. Naquela
época, esse IAMPA foi soterrado, deixou de existir; aquela Lei foi
completamente aniquilada. Não adianta, hoje, nós querermos legislar, retirando
o art. 23 desse Ato das Disposições Transitórias, como se isso fosse resolver o
problema. Não resolve o problema! Para se criar um instituto de assistência à
saúde dos municipários, primeiramente, faz-se necessário que o Executivo
Municipal queira. Desde aquela época, de 1986 para cá, Ver. Oliboni - V. Exª
que entende bem os problemas da Saúde do Município -, nenhuma Administração
quis criar um instituto exclusivo para a saúde dos municipários. Tudo o que o
Município quis, desde aquela época, foi tentar fortalecer o SUS para que,
através do SUS, os municipários, juntamente com a população, pudessem ter uma
boa assistência à saúde. É claro que o Município até hoje não conseguiu essa
proeza de revitalizar o SUS e dar para a nossa população aquilo que ela
realmente merece, que seria uma boa assistência à saúde. Mas nós, por causa
disso, não poderíamos, a essa altura dos acontecimentos, ou seja, quando todo
mundo pede uma boa assistência à saúde, passar para trás toda a população e
simplesmente dizermos que já que nós não conseguimos dar um jeito no SUS, nós
criaremos um Instituto exclusivo para os municipários e, com isso, nós
resolveremos os problemas da Saúde, pois, aí, nós resolveremos o problema dos
26 mil municipários que existem, hoje, em Porto Alegre, deixando que o tempo dê
uma saída para o resto. Eu acho que, por parte desta Casa, essa não seria a
saída mais lógica para nós legislarmos sobre Saúde; não seria, pelo menos, a
forma mais decente para nós legislarmos em relação à Saúde. Eu acho que o
melhor é nós pedirmos que a Mesa Diretora retire esse Projeto de Lei, porque
ele não tem razão de ser, e tentarmos ver aqui um outro método que não seja a
criação de um Instituto exclusivo para os funcionários públicos municipais,
mas, sim, fazer com que o SUS tenha uma melhor qualidade para todos os cidadãos
que vivem na nossa Porto Alegre.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Obrigado, Ver. Luiz Braz.
Apregoamos
o Memorando nº 337, do Gabinete da Presidência (Lê.): “Informamos que o Ver.
Newton Braga Rosa está em representação da Casa, nesta data, 1º de outubro de
2007, no evento ‘Simples Nacional em Debate’, no Auditório Dante Barone da
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul”. Acompanha, aqui, o
fôlder de toda a programação.
O
Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente. O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.
(Pausa.)
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Vereador Oliboni, na presidência dos
trabalhos; Srs. Vereadores, está na Pauta, em 2ª Sessão, um Projeto de autoria
deste Vereador, que passa de cinco para oito as definições, alterando a Lei
sobre a existência de gatil ou canil. Quando se define o que é um gatil ou um
canil, dão-se também responsabilidades às pessoas que abrigam animais em sua
residência ou em outro compartimento, obrigações por criarem um número maior de
animais. Além dos cuidados todos de higiene e de integridade do canil e do
gatil, existe uma outra obrigação, a da contratação de veterinário, que se faz
na medida em que o número de animais aumenta, e principalmente algumas formas
de fiscalização e de punição para aqueles que não cumprirem a Legislação.
Nós
estamos aumentando de cinco para oito por vários motivos. É evidente que há uma
necessidade maior de serem contempladas aquelas pessoas que querem abrigar e
cuidar de um número maior de animais, na medida em que o abandono desses
animais é muito grande, mas principalmente porque a política de controle de
zoonoses faz com que haja uma inversão na forma de tratamento dos animais. Por
exemplo, em 2005, o número de eutanásias chegou a quase 4.000, e o número de
esterilizações, de não-procriação de animais, através de cirurgias, inclusive
nos genitais dos animais, foi de menos de 10% do número de eutanásias. O que
quer dizer isso? Que nós precisamos inverter essa política; ao invés de matar
os animais para controlar as zoonoses, nós necessitamos que os animais sejam
tratados, Verª Maria Luiza, porque existe uma ciência de grande progresso
chamada Veterinária. E para controlar as doenças passíveis de contágio e
disseminação entre os homens, nós podemos tratar hoje dos animais, de forma tal
que ele não passe mais essa doença ao ser humano. Essa é a filosofia. Mas,
principalmente, o que se aprende quando se cuida dos animais, quem protege os
animais passa a amar o ser humano. Se uma pessoa é violenta com os animais, ela
passa a ser violenta com o ser humano, tanto que as estratégias de educação,
Ver. Carlos Todeschini, estão ligadas ao ensino e divulgação às crianças, nos
colégios, da proteção aos animais como forma de acabar com a violência humana.
A
minha preocupação com os animais é de que haja uma possibilidade, ao invés de
extinguir os animais, ao invés da eutanásia ser uma política de Governo, fazer
exatamente o contrário: que Porto Alegre, através da adoção - e então o número
de cinco para oito é adequado - tenha uma inserção e uma projeção mundial
quando for divulgado que aqui não se matam mais animais como controle das
zoonoses, e sim, tratam-se dos animais. O uso do animal, em determinadas
terapias, Ver. Margarete, como a equoterapia para pacientes que têm déficit
mental, traz uma melhora fantástica, e o afeto e as relações com os animais
passam a se propagar como antiviolência em relação aos seres humanos. Então,
aceitando todas as críticas a este Projeto, eu quero dizer: não tenham dúvida,
quem ama os animais ama o ser humano também!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni):
Com a palavra do nobre Ver. Claudio Sebenelo, nós concluímos a Pauta de hoje.
Antes
de entrar na Ordem do Dia, eu quero registrar aqui que nós temos um belo cartão
para o aniversariante de ontem, Ver. Marcelo Danéris. Receba o cartão e os
parabéns da Presidência desta Casa.
(Procede-se
à entrega do cartão.) (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni):
O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
Então,
eu quero, hoje, nesta tarde, em nome da minha Bancada do Partido Trabalhista
Brasileiro - Ver. Elói Guimarães; Ver. Dr. Goulart, nosso Líder; Ver. Brasinha
e Verª Maria Luiza - cumprimentar a todos aqueles que concorreram, ontem, ao
cargo de Conselheiro Tutelar e que andaram dentro das regras estabelecidas,
pessoas que não se corromperam. Alguém já dizia que o difícil não é vencer, o
difícil é merecer a vitória. E nem todos que se elegeram ontem mereceram a
vitória! Tenho certeza de que muitos não conseguiram se eleger, mas fizeram o trabalho
conforme tinha que ser feito. Porque alguém que vai proteger as crianças e os
adolescentes - e a Lei diz que não pode carregar pessoas em kombis, em Vans -
alguém que contratou kombis e Vans e se elegeu ao Conselho Tutelar ontem, não merecia ser um Conselheiro
Tutelar, porque quebrou as regras estabelecidas! Quem quebra as regras
estabelecidas, não tem condições de ensinar, de orientar, não tem condições de
trabalhar com as nossas crianças e adolescentes. Porque, queiram ou não, é um
corrupto! Muitos candidatos eram uns corruptos, carregando não cinco pessoas,
nem dez: gente que carregou 50, 100, 200 pessoas em Kombis. Duzentas pessoas
com kombis, com Vans. E agora, senhoras e senhores, serão os defensores, os
orientadores das nossas crianças e adolescentes! Está aí uma geração já
entregue a pessoas que não são capazes para trabalhar com elas. Para aqueles
que trabalharam dentro da lei, parabéns; para aqueles que agiram corruptamente,
ontem, é lamentável o fato ocorrido!
Portanto, também sou um
daqueles Vereadores que sugere que isso seja debatido dentro desta Casa, Ver.
Todeschini, V. Exª que também não concordou com isso. E outro fato absurdo: 118
mil, 566 votos nulos! Isso demonstra que o processo estava errado. Cento e
dezoito mil, 566 votos nulos, com total de 214 mil, 729 votos válidos. Uma
vergonha! De 214 mil votos válidos, 118 mil nulos, Ver. João Dib! O processo
está errado! Muito obrigado, senhoras e senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (João
Carlos Nedel): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, ontem não precisava ter bola de cristal para que
se desse, em plano macro, aquilo que aconteceu quando se votou o Estatuto da
Eleição para o Conselho Tutelar. No jornal Zero Hora, diz o seguinte (Lê.):
“Irregularidades e desorganização marcaram a votação em alguns locais. Na
escola Professor Larry José Ribeiro Alves, na Restinga, reclamações de casos de
transporte de eleitores, falta de acessibilidade, longas filas e boca-de-urna
se multiplicavam entre eleitores, mesários e candidatos.
No
Colégio Vicente Palotti, na Zona Norte, a Brigada Militar expulsou um grupo de
pessoas que fazia boca-de-urna dentro da escola. Uma moradora da região, que
chamou a polícia e pediu para não ser identificada, ficou decepcionada ao votar
pela primeira vez: ‘A falta de informação prejudicou, e a fiscalização deixou a
desejar’. Cada eleitor podia escolher entre um e cinco candidatos. Muitos que
chegaram ao local de votação com menos de cinco nomes foram induzidos a
escolher novos candidatos. Foi o caso de Maria Augusta de Lima Fraga, 79 anos,
moradora da Restinga. ‘Ia votar em apenas duas conhecidas, mas a moça em frente
à escola me deu mais três nomes’ disse. A Comissão Eleitoral recebeu denúncias
de um ônibus com logotipo do Orçamento Participativo conduzindo pessoas para
votar. Segundo Bohn Gass, a acusação foi encaminhada à Prefeitura, que deverá
apurar o caso. Os nomes devem ser publicados no Diário Oficial da Capital nesta
semana”.
E
o resultado, conforme disse o Ver. Nilo Santos, é que nós temos mais de 133 mil
votos inválidos, contra 214 mil votos válidos, isto é, na soma deles, mais de
30% dos votos são inválidos. Número de eleitores: 69 mil.
O que ficou demonstrado, ontem, já se repetiu; foi
avisado, houve Audiência Pública nesta Casa, foi feita a denúncia por escrito,
e foi feito um grande debate nesta Casa,
quando um voto pode valer cinco, Verª Neuza Canabarro, quando as pessoas são
incapacitadas para atenderem as crianças. Nós chegamos à conclusão de que quem
venceu ontem foram os Partidos Políticos; quem venceu ontem foram os
conselheiros tutelares; quem venceu ontem foram políticos que subsidiaram e
financiaram as campanhas, os donos de Kombis e todos aqueles que contribuíram
para mais uma vergonhosa eleição na cidade de Porto Alegre para o Conselho
Tutelar. Quando se propôs que um voto valesse um voto, esta Câmara rejeitou!
Quando houve propostas de fazer concurso público, esta Câmara rejeitou!
Então,
nós sabíamos que esse espetáculo iria se repetir na cidade de Porto Alegre, o
que foi amplamente denunciado. Estamos propondo que haja, na cidade de Porto
Alegre, na próxima eleição, concurso público para o Conselho Tutelar; que as
pessoas tenham cursos superiores com relação direta com cuidados das crianças.
Porque da forma como está ganharam os Partidos, ganharam os políticos, ganharam
os transportadores de Kombi e os financiadores das campanhas. E houve grande
financiamento de campanha na cidade de Porto Alegre, e, evidentemente, cresceu
o olho das pessoas quando viram que o conselheiro tutelar ganha mais de três
mil reais.
Então,
Porto Alegre foi sede, mais uma vez, dessa pantomima, sendo que, na eleição
passada, inclusive, até apagão na Assembléia houve, com falsificação dos
resultados. Quero dizer que só um ator não foi beneficiado, Ver. Braz;
esqueceram dela, da principal causa dessa eleição: a criança. Lamentavelmente,
a criança foi esquecida neste domingo.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, hoje é o Dia do Vereador, dia 1º de outubro, e
quero ler, aqui, um trecho do Prof. Mário Gardelin, que escreve num programa
radiofônico na Universidade de Caxias do Sul.
(Lê):
“Dia Nacional do Vereador, criado pela Lei n° 7.212, de 20 de julho de 1984.
Cargo antiqüíssimo na história de Portugal e existente, no Brasil, desde a
eleição da Câmara de São Vicente, em São Paulo. Definia, assim, o Vereador, em
1813: Membro do Conselho ou Câmara Municipal, tem a seu cargo coisas da
política, como consertos de estradas, abundância dos mantimentos, e, talvez, o
varejo mercantil. A origem etimológica de vereador começa na palavra latina
‘vereda’, que procede de ‘veredu’, cavalo de viagem; de vereda veio ‘vereia’,
vereação, vereador. Vereador é aquele que põe os negócios públicos no caminho
(vereda) certo. Em 1° de outubro de 1828, era regulamentada a estrutura
municipal. As câmaras passavam a entidades meramente administrativas, sem
poderes políticos”. Isso diz o Prof. Mário Gardelin, lá em Caxias do Sul.
Mas
hoje, também o Jornal Correio do Povo completa 112 anos, e eu gostaria que o
Editorial de hoje do Correio do Povo fosse inserido nos Anais desta Casa. Diz o
seguinte (Lê.): “A tradição de um jornal que se renova sempre. O Correio do
Povo, agora integrante do Grupo Record, está completando seus 112 anos no dia
de hoje. Trata-se de um jornal que sempre se pautou pela tradição, pela
credibilidade e pela renovação, atributos incorporados desde o distante 1895.
Nesse ano, o então jovem e visionário jornalista Caldas Júnior houve por bem
fundar um novo jornal, independente, na província, distante das paixões que
emulavam os jornais então existentes, ainda marcados pelos rancores da
Revolução de 1893, contenda recém-encerrada e ainda de chagas abertas na vida
política e social dos gaúchos. Desde então, o Correio do Povo tem sido um
veículo a serviço da informação, da verdade e da defesa dos interesses do nosso
povo. Levando suas páginas para além das fronteiras gaúchas, chega a várias
partes do País, com presença marcante no Paraná e em Santa Catarina,
notadamente onde residem gaúchos e seus descendentes, que vêem nas páginas do
jornal um pouco da sua própria história. Ultrapassar a barreira dos 100 anos e
seguir adiante, rumo ao futuro, não é uma tarefa fácil, ainda mais em um País
em desenvolvimento como o nosso. Todavia, o Correio do Povo tem se mantido
infatigável nas lides jornalísticas desde sua fundação. Muitos têm méritos
nessa trajetória que vem desde Caldas Júnior, passando por Breno Caldas, a
família Ribeiro e agora o Grupo Record, tendo o jornal atualmente a presidência
do jornalista Jeronimo Alves Ferreira. Também há que se incluir nessa jornada
exitosa nossos leitores, anunciantes e colaboradores, que, em várias gerações,
deram sua contribuição para que o jornal se mantivesse sempre arrojado,
inovador e fiel ao seu público. O futuro está aí, batendo-nos à porta. O
Correio do Povo está preparado para seguir em sua missão de informar com
isenção e imparcialidade e de contribuir para uma sociedade mais igualitária. A
renovação do jornal é permanente, sempre preservando os valores morais e éticos
que devem nortear seu mister. Nesta data, o jornal reafirma seus compromissos
com a liberdade de informação e o elo com seus eleitores”.
Eu
quero, neste momento, em nome do Partido Progressista, dos Vereadores João
Carlos Nedel, Newton Braga Rosa, desejar ao Correio do Povo um roteiro
promissor e que continue trilhando o caminho que tem sido trilhado nesses 112
anos, cumprimentando todos aqueles que levam às nossas mãos, diuturnamente, o
jornal Correio do Povo pela madrugada; o jornal chega às nossas mãos pelo
jornaleiro, mas, para que ele chegue às nossas mãos, passa nas máquinas, passa
pelos jornalistas, pelos revisores, pelos diretores de redação, pelos
redatores, até o Presidente do Jornal Correio do Povo. A todos eles,
indistintamente, queremos desejar muito trabalho produtivo, muito sucesso, e
que a caminhada do Correio do Povo seja sempre razão de alegria para todos os
gaúchos. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado,
Ver. João Antonio Dib.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ADELI SELL: Ver.
Nedel, conduzindo os trabalhos, colegas Vereadores e Vereadoras, em nome da
Bancada da oposição, a do Partido dos Trabalhadores, eu gostaria de ter ouvido,
anteriormente, a Bancada do Governo; não sei mais se quem fala se é o PPS ou é
o PMDB. Mas eu estou esperando, como está esperando a população de Porto
Alegre, algumas explicações para o troca-troca. Afinal de contas, o Prefeito
José Fogaça, quando perdeu a eleição para um terceiro mandato de Senador, disse
no Congresso Nacional, e eu lembro: “Desisto da Política, não me candidatarei a
mais nada”. Voltou atrás, se candidatou e é Prefeito. Disse também, em abril -
está nos jornais, e eu tenho aqui as provas -, que não sairia do PMDB, disse
isso reiteradamente. Então eu pergunto, Ver. Melo, em que José Fogaça eu
acredito? Aquele que diz - peremptoriamente - que não sai, que não vai mais se
candidatar, ou aquele que se candidatou e saiu. Afinal de contas, o troca-troca
aqui em Porto Alegre não teve nenhum alarde de alguns setores que, quando tem
troca-troca no Congresso Nacional - altamente condenável, eu sempre digo isso,
altamente condenável! -, fazem alaúza, mas aqui até teve gente que bateu
palmas. Eu não entendo como que as coisas, para a parte Sul do Mampituba,
valem; para a parte Norte do Mampituba, é outro papo! Tem um problema com esse
rio Mampituba, porque, quando as coisas acontecem acima do Mampituba, tem um
tipo de postura, um tipo de crítica, um tipo de elogio; quando acontecem abaixo
do Mampituba, muda-se de opinião. Ah! Que coisa muito difícil. Não é mais como
nos tempos de Raul Pilla, do antigo Partido Libertador, não é mais do tempo do
antigo PTB de João Goulart e Leonel Brizola. As coisas também mudaram no Rio
Grande do Sul! O Rio Grande do Sul não é mais diferente do resto do País,
estamos iguais aos outros, estamos no vale-tudo, porque vale tudo para ganhar
uma eleição; dizer que ficaria o que era bom, mas não ficou: piorou. Aos mil
dias do Governo Fogaça, em vez de a Prefeitura anunciar o que foi feito nesse
tempo todo, nenhuma palavra, mas a única palavra do Prefeito foi: eu mudo de
Partido. E a justificativa política é uma questão pessoal, é de foro íntimo.
Grande discussão política neste Estado, que já teve grandes tribunos, já
tivemos pessoas que bradaram aos quatro ventos deste País e se rebelaram contra
o Poder Central, mas agora somos iguais ao Norte, ao Nordeste, o Centro, o
Sudeste; o Brasil virou uma geléia geral! Então não me venha com este papo de
que abaixo do Mampituba as coisas são diferentes. Não são diferentes,
porque as coisas estão cada vez mais iguais.
Não fico só nisso; teve Vereador que veio aqui com
coragem - quero elogiar os Ver. Nilo Santos, o Ver. DJ Cássia, entre outros -,
para denunciar o processo eleitoral do Conselho Tutelar. Mas quero repicar; lá
na Liberato, ontem, estava o ônibus do Orçamento Participativo levando e
carregando pessoas!
Afinal, o Governo não vai falar nada?! Achei que
chegaríamos à Câmara hoje de manhã e haveria um e-mail para todos
Vereadores: “Aberta sindicância na Prefeitura para ver essa barbaridade”. Não!
Onde está a palavra do Governo? Fiz muitas críticas ao Ver. Sebenelo, mas vou
tirar o chapéu para ele que mantém uma posição de coerência, isso tenho de
reconhecer. Sou daqueles que brigam muito e tenho debatido com o Ver. Sebenelo,
que veio aqui e avisou que ia haver problemas, e os problemas aconteceram
conforme o Ver. Sebenelo colocou. Ver. Sebenelo, tiro o chapéu, vamos voltar a
dialogar, porque acho que é a Casa do diálogo, e, mesmo nas diferenças, há
coisas para as quais temos que nos unir. Estou do lado de todos que estão
contra as falcatruas.
E digo mais; estou esperando a resposta de um
Pedido de Informações: quero saber, por exemplo, quantos cursos do ProJovem
foram feitos no bairro Navegantes, no Humaitá; quantos cursos foram feitos,
quantas pessoas se inscreveram, quais as entidades que levaram dinheiro do
ProJovem, quantas merendinhas foram distribuídas lá, quero saber qual foi a
empresa que distribuiu merenda? O Secretário Mauro Zacher deve explicação para
Porto Alegre e não para o Ver. Adeli Sell. Porto Alegre exige respeito!
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Vereador
Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
primeiro, meu caro Ver. Adeli, acho que estamos vivendo o final de um ciclo
partidário da pior qualidade, mas não posso tratar essa matéria isoladamente.
Quero dizer que a base do Governo Lula tem maioria para fazer o que quiser e não faz a Reforma
Política, e o meu Partido está lá. O Supremo marca reunião para o dia 3 e vai
acabar fazendo aquilo que o Congresso deveria fazer. Agora eu acho que essa
questão de troca de Partido tem que ser tratada com equilíbrio. Eu vou dar
alguns exemplos: tem Partido que, nacionalmente, constitui Comissão Provisória
e, ao longo da vida inteira, só fica com Comissão Provisória e só faz negócios
na direção partidária, mas discursa para o povo a favor da cidadania. Será que
um Parlamentar, que se elege por um Partido desses, ao deixar o Partido, ele
está fazendo a quebra da fidelidade partidária? Então, eu defendo que a questão
da fidelidade partidária tem que ser arbitrada, quem dá causa tem que buscar um
árbitro, porque pode ter problemas do lado de lá e do lado de cá. No caso do
Prefeito Fogaça - cá para nós, Srs. Vereadores - eu não vou nem chamar de
troca, eu acho que houve um retorno do Prefeito, que foi nosso militante na
década de 70 (1970), o Fogaça, de tantas lutas extraordinárias, que ganhou
eleição no MDB, perdeu eleição no MDB, ganhou eleição no PPS, perdeu eleição no
PPS. Então eu acho que não dá para tratar isso... Nós conhecemos o Fogaça, o
Rio Grande conhece o Fogaça, o Brasil conhece o Fogaça como um dos Senadores
mais extraordinários do Congresso Nacional. A Constituição estabeleceu se pode
ou não pode trocar de Partido? Infelizmente, até hoje o Congresso Nacional não
fez o seu dever de casa, e eu quero dizer que eu não mudo de lado pelo fato de
ter recebido o Prefeito do nosso Partido. Eu continuo achando que o Brasil tem
que ter fidelidade partidária, que o Brasil tem que acabar com essas emendas
parlamentares, que são os maiores escândalos que há neste País, fazendo com que
Deputado Federal saia por aí com chapéu na mão, concedendo emenda parlamentar.
Acho que a reeleição tem sido um mal para este País, acho que a forma de
financiamento de campanha é uma forma absolutamente corrupta neste País. Agora,
nós estamos sob a égide de uma legislação que permite a troca de Partido.
Eu
quero - não tenho tempo para isso - mas eu quero enfrentar esse debate aqui,
Ver. Adeli, sobre as questões da Cidade, com maior prazer, com maior alegria,
com a grandeza, com a dignidade, sem entrar na pessoalidade, até porque os
senhores governaram a Cidade por 16 anos; nós podemos fazer comparativos, nós
podemos prospectar, e, ao fim e ao cabo, o povo de Porto Alegre vai decidir,
soberanamente, quem vai continuar governando a Cidade. Nós não vamos antecipar
esse debate antes do dia 5 de outubro do ano que vem.
Permita-me
uma palavra final sobre a questão dos Conselhos Tutelares, Ver. Carlos
Todeschini. Eu acho que não dá para continuar desse jeito. Não dá para
continuar tratando criança e adolescente dessa forma irresponsável. Não dá!
Esta Casa, que tem tradição de luta, Ver. Luiz Braz, que tem responsabilidade,
tem que constituir uma comissão plural, a partir de agora, e trabalhar a
mudança dessa legislação. Porque eu posso chamar de qualquer coisa menos de
eleição o que vem acontecendo nas últimas eleições dos Conselhos Tutelares. Foi
isso que o Ver. Nilo Santos disse, foi isso que outros Vereadores disseram, e
muito mais.
Uma
das primeiras providências seria a prestação de contas. Por que é que nós,
quando concorremos, temos que prestar contas do que gastamos? Tem conselheiro
tutelar gastando mais do que Vereador para se eleger e não presta conta. Mas
que negócio é esse? Será que as pessoas que chegam lá realmente estão preparadas
para trabalhar com os jovens, com os adolescentes? Esse não pode ser o
critério.
Eu
não sei se é fazer um grande Conselho, lá na ponta contratar os profissionais
através de concurso ou através de contrato temporário, eu não sei a forma
ainda. Eu só sei que a forma atual não está atendendo aos interesses das
crianças e dos adolescentes.
Outra
coisa é a eleição de chapa. Ela é vedada, mas existe. Tem gente que vai na
carona. O sujeito vai lá, tem um puxador ou um comprador de votos, e atrás vão
outras pessoas. Isso também está errado.
Portanto,
Srª Presidenta, V. Exª que foi uma grande Conselheira, que conhece essa
matéria, que tem história nessa área, faria um ato de grandeza ao puxar uma
reunião com todas as Lideranças aqui da Câmara, para constituirmos um grupo de
trabalho plural, para fazermos uma profunda cirurgia nesse processo do Conselho
Tutelar. Porque nós não podemos continuar avalizando, fazendo de conta que essa
é uma eleição de verdade. Não é! Quem tem dinheiro, quem tem máquina, quem tem
carro, quem tem gasolina, quem tem isso e aquilo acaba ganhando. Ao longo do
meu tempo, havia reflexões sobre voto facultativo e voto obrigatório. Reafirmo
hoje a minha confissão férrea de que num País como o nosso temos que continuar
defendendo o voto obrigatório, porque, com o voto facultativo, a corrupção
corre muito mais frouxa. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Ver. Sebastião Melo. Lembramos que esta Casa propôs alteração para esse
processo eleitoral neste ano com a constituição da Comissão Especial e da
reformulação da Lei, o que já foi, parece-me, um grande avanço, mas concordo
com V. Exª no sentido de podermos aprimorar cada vez mais o processo.
Quero registrar a presença do Sr. Paulo Roberto,
Deputado Federal do PTB. Seja muito bem-vindo a esta Casa e, se desejar, pode
compor a Mesa conosco. Fique muito à vontade, conversando com os nossos
Vereadores e com as nossas Lideranças aqui.
Em
votação Requerimento que estabelece a ordem de prioridades dos Projetos para
votação na Ordem do Dia, acordada, hoje pela manhã, pelas Lideranças:
Requerimento nº 122/07; Requerimento nº 120/07; PLL nº 032/07; PLE nº 017/07;
PLE nº 016/07; PLL nº 143/07; Requerimento nº 119/07; Requerimento nº 121/07;
PLCE nº 003/07; PR nº 060/07; PR nº 026/07; PLCL nº 001/00; PLCL nº 025/97 e o
PLL nº 066/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Em
votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do Correio Eletrônico: 21ª
Sessão Solene; 68ª, 69ª, 70ª, 71ª, 72ª, 73ª e 74ª Sessões Ordinárias. (Pausa.)
Os Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 122/07 – (Proc. Nº 7224/07 – Mesa
Diretora) – requer a
realização de Sessão Solene, no dia 13 de novembro de 2007, às 17 horas,
destinada a assinalar o transcurso do 115º aniversário da Guarda Municipal de
Porto Alegre. (incluído em 01-10-07)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação o Requerimento nº 122/07 de autoria da Mesa Diretora. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 120/07 – (Proc. Nº 7112/07 –
COSMAM, CEDECONDH e CECE)
– requer Moção de Protesto aos Gestores do Sistema Único de Saúde. (incluído em
24-09-07)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o Requerimento nº
120/07, de autoria da COSMAM, CEDECONDH e CECE. O Ver. Dr. Raul está com a
palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 120/07.
O SR. DR. RAUL: Exma Srª Presidenta
desta Casa, Verª Maria Celeste, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, aqueles que nos
assistem, eu venho ao microfone no sentido de dizer que a nossa Reunião
Conjunta das Comissões deliberou por essa Moção de Protesto que se refere,
basicamente, ao seguinte: estão faltando anticoncepcionais, de maneira urgente,
nos postos de saúde. E, com a preocupação pelo planejamento familiar, que já
temos há muito tempo, não poderíamos deixar de fazer uma movimentação nesse
sentido. O que acontece? Acontece que os anticoncepcionais, tanto os injetáveis
como os orais, que devem ser fornecidos pelo serviço público, não estão sendo
fornecidos de maneira adequada muito em função de que o próprio Ministério da
Saúde deveria fazer uma nova licitação para a sua compra, e ele está há muito
tempo atrasado nisso. Então, o Município acaba não alocando os recursos
necessários, e acabam acontecendo muitos relacionamentos de casais que, na
realidade, não gostariam de gerar filhos, aumentando muito o número de
gravidezes indesejadas. Então, o que estamos sugerindo, por meio, inclusive,
desta Moção, é que seja feita de maneira direta, permanente e imediata essa
alocação de recursos para que não seja permitida, não seja possível essa falta
de anticoncepcionais nos postos de saúde. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 120/07.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, falo em nome da
minha Bancada, a quem agradeço pela deferência. Inicio, dizendo que a nossa
Bancada está extremamente preocupada com isso; a Comissão de Direitos Humanos,
presidida pelo Ver. Carlos Comassetto, e a Verª Margarete Moraes, o Ver. Carlos
Todeschini, que pautaram este tema junto com a Comissão de Educação. O Ver.
Aldacir Oliboni, que atua nessa área, também está extremamente preocupado. E
acho que o encaminhamento de uma Moção é fundamental por esta Casa, porque aí
há um problema seriíssimo de gestão. É verdade que o Governo Federal tem uma
falta grave neste tema, porque é ele quem fornece os anticoncepcionais, mas eu
considero que os dois demais gestores, a quem será encaminhada esta Moção, têm
extrema responsabilidade com este tema. Manter 50 mil anticoncepcionais orais,
mensais, que são necessários para as mulheres de Porto Alegre em atendimento
nos PSFs, Programas e Unidades de Saúde, é muito barato, considerando a conta
da Saúde! É muito barato! É pouco mais de 100 mil reais! Então, não há
explicação que se aceite, de nenhum gestor, de que nós estejamos, hoje,
fornecendo apenas dez mil às nossas mulheres. E, depois, todo mundo fala em
prevenção, em planejamento familiar... E os instrumentos mínimos básicos, que
são os que funcionam, porque eles estão integrados numa ação cotidiana,
sistemática, que a assistente social, que a enfermeira, que o médico do Programa
de Saúde da Família faz na ação comunitária que desenvolve... Sempre que este
tema vem à baila, sobre planejamento familiar, eu sempre levanto o tema que é a
combinação do vínculo do atendimento junto com a Educação, escolas, grupos de
adolescentes, educação sexual na escola, essa combinação é a que pode
funcionar, é claro que com a política de geração de renda, porque quem não
consegue planejar o seu dia-a-dia, amanhece apenas para sobreviver, não vai
planejar a sua família; não tem como. Mas é gravíssimo que a Secretaria
Municipal de Saúde deixe chegar nesse ponto! E, para mim, não há argumento que
sustente que a Secretaria simplesmente não esteja entregando, porque não
recebeu anticoncepcional feminino! Isso é inaceitável, Ver. Nedel, que fala tanto em
planejamento familiar.
Hoje,
em Porto Alegre, precisaríamos de 50 mil cartelinhas/mês, e estão sendo
fornecidas apenas dez mil. O que está atenuando isso - nós esperamos que a
conseqüência não seja tão grave -, são as farmácias populares, que estão vendendo
a 50 centavos a cartelinha do anticoncepcional. Só que, às vezes, é muito mais
caro, pois a usuária do posto não tem uma passagem de ônibus para chegar a uma
farmácia popular, e ela é tão desorganizada que se não for à visita do médico,
à visita do agente de saúde da comunidade, ela não vai utilizar.
Então,
nós sabemos o desastre que será daqui a um ano, não só na questão do maior
número de nascimentos, mas um aumento na violência, de problemas de saúde, de
desagregação familiar, de abortos das nossas jovens da periferia, que são
feitos, infelizmente - por conta da criminalização - de maneira inadequada e
penalizam as nossas mulheres.
Então,
nós temos uma série de conseqüências a partir de um problema simples de
resolver. A Prefeitura Municipal pode comprar emergencialmente, porque é uma
questão de Saúde pública; não o faz porque deixa “a terra rasada” por
incompetência de gestão, por desarticulação de gestão. Imaginem, somado a isso,
os PSFs parados há um mês praticamente, sem médico; a crise que viveu o PSF,
uma situação que nós levamos às comunidades tão desorganizadas, tão carentes.
Então, acho que a Moção é correta, encaminhada pelo conjunto dos Vereadores e
Comissões responsáveis e atentas desta Casa. Nós temos que, urgentemente,
encaminhá-las por fax, por e-mail. Faço este pedido à DL da nossa Casa, vamos evitar os meios mais
lentos e burocráticos, porque o conserto dessa situação deve ser imediato.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
120/07.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, com
toda a certeza eu acredito que os Vereadores e Vereadoras desta Casa não tenham
por que votar contrariamente esta Moção de Protesto aos gestores do Sistema
Único de Saúde, pela falta de anticoncepcionais nos Postos de Saúde. Acho que,
realmente, esse é um descaso que envolve não apenas um dos gestores, mas todos
os gestores, tanto o federal como o estadual e o municipal.
Mas,
Ver. Elói Guimarães, algo que não pode passar batido, para nós, que somos
representantes desta sociedade, é que a política geral, voltada para esta área
de controle do aumento da prole, está completamente equivocada.
O
Governo Federal faz um grande incentivo, Ver. João Dib, para que as famílias
cresçam cada vez mais, através da distribuição do Bolsa Família. Através do
Bolsa Família, nós temos, na verdade, o maior incentivo para que,
principalmente as famílias mais pobres, não tenham absolutamente controle
nenhum. Por que controlar, se quanto mais filhos mais dinheiro vão ganhar, mais
Bolsa Família, mais recursos para se manter sem nenhum problema? Afinal de
contas, o Governo Federal conseguiu, através dessa estratégia do Bolsa Família,
ter, praticamente, 11 milhões de cabos eleitorais distribuídos em todo o
Brasil. Ele tem, na verdade, sempre a opinião pública garantida, afirmando que
ele está fazendo um bom Governo, entre aspas, porque, afinal de contas, ele tem
sempre 11 milhões de cabos eleitorais ao seu inteiro dispor.
Nós
precisamos modificar isso, Ver. Dr. Raul - V. Exª que conhece tão bem esse
setor da Saúde, eu o conheci fazendo o seu trabalho in loco e sei muito
bem que V. Exª trabalha muito com as comunidades mais carentes -,
imediatamente. Precisamos trabalhar, tentando conscientizar a sociedade de que
esta política do Governo Federal, que tenta fazer assistencialismo através do
Bolsa Família, é uma forma equivocada de se dar assistência às famílias carentes.
Assim nós só incentivamos as famílias a crescerem, quando o Governo Federal
deveria trabalhar no sentido de que as pessoas pudessem ter consciência de que,
através de uma moderação na composição dessa família, poderiam ter maiores
recursos à disposição de cada família carente que precisa, realmente, da ajuda,
do apoio. Ela precisa ser orientada para que seus filhos possam ter um curso de
aperfeiçoamento, possam ter escolas decentes, assistência à saúde, possam ter
futuro! Só que o Governo não está realmente preocupado com o futuro dessas
crianças; o Governo não está preocupado se as crianças vão ter um futuro melhor
ou pior. A única preocupação do Governo, parece, nos últimos tempos, é manter
esses mais de 11 milhões de cabos eleitorais através do Bolsa Família.
Então,
eu acredito que nós, aqui da Câmara Municipal, podemos fazer muito pouco. O que
nós podemos fazer é votar moções como esta, mostrando que nós não estamos
satisfeitos, enquanto Município, com o que está acontecendo com os gestores da
Saúde, tanto os federais - porque, afinal de contas, é responsabilidade do
órgão federal mandar para cá esses anticoncepcionais -, como também, claro que
não podemos estar satisfeitos, em nível de Estado e de Município.
Então,
com toda a certeza, esta Câmara mostrará a sua posição através de um
instrumento simples que é a votação desta Moção de Protesto; é o que nos resta.
Não resta muita coisa a fazer, mas, pelo menos, a gente aproveita este espaço
para chamar a atenção da sociedade, pois a política para o setor está
completamente equivocada: fizeram da política para o setor uma política para
arrumar cabos eleitorais e, infelizmente, não era isso que nós, enquanto
sociedade, esperávamos, principalmente do Governo Federal.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 120/07.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, a Verª Sofia Cavedon tem uma
vocação para causar polêmica aqui nesta Casa. O que estamos fazendo? Estamos
fazendo uma Moção de Protesto pela falta de medicamentos contraceptivos nos
postos de Saúde de Porto Alegre. Quem é que compra exclusivamente
contraceptivos? O Governo Federal, através do seu Programa, e manda para os
gestores da Saúde municipal. Deve ter havido algum problema de licitação, e não
tem enviado. Então, é culpa exclusiva do Governo Federal. Mas aí o Município é
obrigado a aplicar tanto por cento do seu Orçamento na Saúde! Sim, é obrigado.
Mas, atualmente, e desde que o Governo anterior fez uma contratualização da
verba do SUS em Porto Alegre, Ver. Elói Guimarães, dividindo - nós não temos
uma gestão plena da Saúde aqui, porque pegaram os recursos e lotearam - um
percentual para o Grupo Hospitalar Conceição, um percentual para o Hospital de
Clínicas e um percentual menor do que a soma dos dois para o Município. Ou
seja, há recursos suficientes no Hospital de Clínicas, no Grupo Hospitalar
Conceição, e recursos insuficientes para toda Porto Alegre e ainda para atender
o interior do Estado.
Então,
vamos deixar claro: para quem nós estamos reclamando? Estamos reclamando para o
Governo Federal, que, por algum problema de licitação ou por incompetência, não
envia os contraceptivos para Porto Alegre. Eu quero só deixar isso claro -
muito claro! - para que a população entenda do que estamos reclamando. Estamos
reclamando da falta de contraceptivos enviados pelo Governo Federal - essa é a
verdade!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 120/07.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidenta desta Casa, digníssima
Verª Maria Celeste; nobres colegas Vereadoras, Vereadores, público que nos
assiste, temos aqui uma Moção de Protesto aos Gestores do Sistema Único de
Saúde, uma vez que esses gestores estão deixando faltar medicamentos para o
controle de natalidade da população carente da nossa Cidade; como se não
bastasse a ineficiência do Governo Federal, que não repassa os recursos para o
atendimento dos necessitados, como se não bastasse a desvinculação da proposta
de renovação da CPMF, no sentido de que apenas 0,20% da arrecadação seja
destinada para a Saúde, fazendo com que o repasse dos recursos da CPMF para a
Saúde seja diminuído. O valor arrecado, através da CPMF, é de 8 bilhões de
reais por ano, e o que nós vemos são os nossos postos de atendimento para o
controle da natalidade sem anticoncepcionais. Quer dizer, mesmo com a cobrança
dos impostos garantidos, o Estado está deixando de cumprir um dever que é seu,
fazendo com que o número de dependentes, em uma família, aumente cada vez mais,
sem, no entanto, dar a eles as condições necessárias para a formação de
cidadãos da nossa Cidade, do nosso País.
Eu
quero trazer, aqui, a solidariedade do Democratas a esta Moção de Protesto aos
Gestores do Sistema Único de Saúde, proposta, em conjunto, pela COSMAM,
CEDECONDH e CECE. Eu acho que nós temos que reclamar para que o Governo repasse
pelo menos uma parte dos impostos cobrados da nossa população, da nossa Cidade,
uma vez que essa verba se perde no caminho, trazendo esses problemas tão sérios
e que têm que ser resolvidos. A maneira que nós encontramos foi a de encaminhar
esta Moção de Protesto, e queira Deus que ela resolva a situação. Quero
aproveitar para dizer que o problema deste País não é a falta do repasse da
CPMF; o problema é a falta de vontade política, de atenção, de carinho político
para com essas causas públicas tão ineficientes no nosso País.
Portanto,
parabéns a essas três Comissões que propõem esta Moção de Protesto. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento
nº 120/07.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, três Comissões - COSMAM,
CEDECONDH e CECE -, propõem Moção de Protesto aos Gestores do Sistema Único de
Saúde. Rigorosamente, todos sabemos que o Sistema Único de Saúde é o esforço,
basicamente, de três órbitas do Governo - União, Estados e Municípios -, que
têm como plano, como projeto, uma iniciativa boa, embora careça de recursos. A
Moção de Protesto é um instrumento importante no sentido de advertir, no
sentido de chamar a atenção dos governantes exatamente para problemas que dizem
respeito ao interesse maior da população, mormente a questão da saúde, que se
coloca entre os problemas mais sérios que enfrenta a sociedade brasileira. Ao
lado da Segurança, a Saúde disputa exatamente a insatisfação nacional - não é
municipal, não é regional, não é nacional, é insatisfação de toda a nação. E o
Ver. Dr. Raul conhece bem a participação dos países subdesenvolvidos, ou em
desenvolvimento, na Saúde, comparados aos países que atingiram níveis de
desenvolvimento. É uma proporção, diríamos assim, grosso modo, de 7, 8 ou 10
por um; ou mais, inclusive. Enquanto se dota x per capita para o
brasileiro, dotam-se 30x, 40x ou 50x per capita para os países em
desenvolvimento. Nós temos esse fosso muito sério entre o dever do Estado - o
Estado instituição - no que diz respeito à questão da Saúde pública.
E a Moção, evidentemente, remete para o conjunto
dos dirigentes públicos, faz uma advertência, um protesto ao Presidente da
República, enfim, a todo o sistema público brasileiro. É inquestionável; porque
a questão da Saúde transita pelas três órbitas do Poder - União, Estado e
Município.
Então, nós nos colocamos favoráveis à referida
Moção, dizendo que se faz imprescindível socorrer a Saúde em nosso País.
Mormente, na questão ligada aos contraceptivos, que são necessários para que se
tenha um certo controle, uma certa educação na questão ligada à natalidade.
Portanto, fica aqui a nossa manifestação, encaminhando favoravelmente a
presente Moção.
(Não revisado pelo orador.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1297/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 032/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que inclui, no
Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, o Baile do Rei e da
Rainha da Terceira Idade do Carnaval de Porto Alegre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 04-07-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o PLL nº 032/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº
032/07.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Exma Srª Presidenta, lembro ser hoje o Dia
Nacional do Idoso. Pedi que este Projeto fosse posto em votação como homenagem
às pessoas idosas do nosso País, especialmente àquelas que cumpriram, ou ainda
estão cumprindo, suas obrigações de trabalhar e de construir a nossa sociedade,
e que, às vezes, são relegadas a um segundo plano, principalmente quando se
aposentam, quando acham que vão ter uma vida justa pelo que contribuíram.
Ultimamente, estamos vendo um achatamento do valor das aposentadorias, trazendo
todos os aposentados ao nível do salário mínimo; isso cria uma certa
insegurança para as pessoas que estão envelhecendo neste nosso País.
O
Projeto é uma maneira de resgatar o valor da terceira idade, a pedido das
instituições carnavalescas de Porto Alegre, na escolha do Rei e da Rainha da
Terceira Idade, que se realiza todos os anos em Porto Alegre. Então, é uma
homenagem ao Dia Nacional dos Idosos. Talvez nós aprovemos o Projeto hoje, para
colocá-lo no Calendário Oficial dos eventos do Município de Porto Alegre.
Agradeço a atenção dos senhores, esperando a compreensão, e atendendo ao pedido
das idosas e dos idosos para esse seu evento na nossa Porto Alegre. Muito
obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Em votação o PLL nº 032/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passo
a condução dos trabalhos à Verª Neuza Canabarro, para que seja encaminhado um
Requerimento de minha autoria.
(A
Verª Neuza Canabarro assume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Requerimento de autoria da Verª Maria
Celeste à presidência da Câmara Municipal de Porto Alegre (Lê.): “Requeiro, nos
termos do art. 218, inc. VII, do Regimento desta Casa, Licença para Tratar de
Interesses Particulares, no dia 17 de setembro de 2007. Sala das Sessões, 19 de
setembro de 2007”. Em votação o Requerimento da Verª Maria Celeste. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(A Verª Maria
Celeste reassume a presidência dos trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregôo Requerimento
de autoria da Verª Sofia Cavedon, solicitando votação em destaque da Emenda nº
01 ao PLE nº 017/07.
Apregôo
Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste, solicitando votação em destaque
das Emendas nº 04 e 35 ao PLE nº 016/07.
Apregôo
Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Danéris, solicitando votação em destaque
das Emendas nº 02 e 36 ao PLE nº 016/07.
Apregôo
Requerimento de autoria da Verª Sofia Cavedon, solicitando votação em destaque
da Emenda nº 05 ao PLE nº 016/07.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 6195/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 017/07, que altera
a Lei nº 9.814, de 29 de agosto de 2005, alterada pela Lei nº 10.064, de 10 de
outubro de 2006, que dispõe sobre o Plano Plurianual 2006-2009 e dá outras
providências. Com Mensagem Retificativa
e Emendas nos 04, 06 e 07. Emendas nºs 01, 02, 03 e 05 ao
Projeto.
Parecer:
- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib:
a) pela rejeição do Projeto original e pela
rejeição das Emendas nºs 01, 02, 03 e 05 ao Projeto;
b) pela aprovação da Mensagem Retificativa e das Emendas nºs 04,
06 e 07.
Observações:
- o Projeto será votado com as Emendas
com Parecer pela aprovação, nos termos do
Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- para a votação em separado de Emenda com
Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento nesse sentido,
subscrito por um terço dos membros da Casa –
Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- após aprovação de Parecer na CEFOR e
durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (Art. 120, § 1º, do
regimento);
-
para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta
dos Vereadores – Art. 53, “caput”, c/c Art. 82, “caput”, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 01-10-07.
A SRA.
PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLE nº
017/07. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº
017/07.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Srª Presidenta, Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, uma das marcas dos mil dias do Prefeito Fogaça é que,
passados esses mil dias, ele ainda não definiu qual é o seu Plano Plurianual. É a cara deste Governo! É o
terceiro ano e ele ainda está alterando o Plano Plurianual que deveria ter sido
construído no primeiro ano de Governo - na nossa tradição, deveria ser
construído com uma enorme e qualificada participação popular para orientar as
Leis de Diretrizes Orçamentárias anuais e os Orçamentos anuais -, mas ainda vem
modificação, vem proposta de mudança, inclusive com erros e inadequações.
Esse
método denota, demonstra o que é o desastre, o desacerto de gestão do Governo
Fogaça. Parece que, com o andar do seu Projeto, ele tenta fazer adequações, não
sei se para legitimar as improvisações, porque essa é outra marca dos mil dias:
as improvisações do Governo Fogaça, bem como as dispensas de licitação
inexplicáveis. Registramos num boletim os mil dias de gestão e não vimos uma
manifestação sequer, a não ser a mudança de Partido.
Assim
como muda o Plurianual todo ano, o Prefeito Fogaça resolveu mudar de sigla
partidária; na minha avaliação, um desrespeito ao PPS, que se transformou numa
sigla de aluguel, uma transição para o PMDB para ganhar a Prefeitura de Porto
Alegre, em um projeto de mudança, em um biombo de mudança, em que uma série de
Partidos - os mesmos Partidos de projetos que já vivemos aqui na cidade de
Porto Alegre, anterior à Administração Popular -, se escondem atrás de um novo
discurso: o discurso da manutenção do que estava bom e a mudança do que não
estava bom.
Ora,
o Plurianual veio com a grande novidade dos 21 projetos transversalizados, de
que agora o Governo teria uma integração, de que as Secretarias não seriam mais
pequenos currais ou cercados, de que haveria diálogo - essa era a grande marca
da mudança do Prefeito Fogaça. E o que a gente enxerga e avalia nos mil dias, e
que está traduzido no Plurianual, na verdade, é uma segmentação ainda maior das
ações. Uma segmentação que fez com que a cidade de Porto Alegre ficasse mais
suja, bem mais suja; que a cidade de Porto Alegre não consiga manter as ruas e
vias iluminadas; que a cidade de Porto Alegre conviva com os buracos no seu
cotidiano; que a cidade de Porto Alegre conviva com obras como o Conduto
Forçado Álvaro Chaves, que tem um aditamento em torno de 40% do seu valor
inicial, e ninguém nos convencerá que é por outro problema, a não ser por
incompetência de gestão. Uma mudança feita no meio do projeto em andamento, da
obra em andamento, de mudança de rua, de uma rua por onde andavam 200 carros
por hora para uma rua onde andam dois mil carros por hora, trazendo várias
decorrências que encareceram demasiadamente a obra. E as notícias dos jornais,
ainda de ontem, dizem que vai até dezembro, só ali na Bordini, que ficará sem
trânsito.
Esta
é a cara do Plurianual, que não temos acordo para votar a favor; é a cara do Governo,
que ainda está testando como é que se governa, e a Cidade pagando essa conta.
Pior
do que isso - eu escutava o Prefeito Fogaça no rádio, na semana passada, onde
ele anunciava que tinha conseguido 500 mil dólares para desenvolver o Projeto
dos Portais - é este Projeto, esta idéia que já foi rejeitada pela Cidade
Baixa, rejeitada pela Azenha e pela população do Centro; e o Prefeito continua
surdo. Busca recurso público e vai fazer a mesma coisa que está fazendo com a
Álvaro Chaves para desenvolver um Projeto e a sua viabilidade, contra a vontade
da Cidade.
Então,
Ver. Haroldo, não dá para votarmos, mais uma vez, num projeto de desacerto, de
prejuízo para a cidade de Porto Alegre e que demonstra que este Governo, de
fato, não veio para mudar o que não estava bom. Veio para mudar o que estava
bom, e trazer prejuízos ainda maiores para a Cidade. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE nº 017/07.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, Maria Celeste, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nós queremos dizer,
primeiramente, que o Governo não está cometendo, Ver. Braz, nenhuma
ilegalidade, porque a Lei estabelece - se não me engano, Verª Sofia, a Lei 414,
num dos seus incisos, num dos seus artigos - que o Gestor poderá, ao curso da
sua gestão, fazer modificações no Plurianual. O que não seria honesto, Verª
Clênia Maranhão, nossa Líder do Governo - e aconteceu muitas vezes aqui na
Casa, de nós aprovarmos o Plurianual, e o Governo, num determinado ano, desviou
da orientação originária do seu Plurianual, não mandava as retificações e
ficava por isso mesmo. Será que o Governo estaria agindo corretamente, assim?
Não. Então, o que o Governo faz? O Governo faz aquilo que tem que fazer; se eu
tenho novas inclusões no Plurianual para fazer, por que não fazê-las? O Governo
que chegou ao Poder, que se qualifica dia a dia, que discute com a sociedade,
que tem a sua relação intersecretarial, quando chegou a um determinado momento,
e aquelas metas propostas para os quatro anos, no discutir do processo, talvez
precisem ser modificadas. E o Governo não pode fazer isso? Pode, Verª Sofia. O
Governo não pode incluir? Pode, Verª Sofia. Agora, se V. Exª...
(Aparte
anti-regimental da Verª Sofia Cavedon.)
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Não,
mas se V. Exª quiser discutir a sujeira da Cidade, dentro da discussão do
Plurianual, eu me proponho, também, não tem problema nenhum; se V. Exª quiser
discutir a filiação partidária, mesmo não sendo o ponto aqui, como V. Exª
discutiu, eu também me proponho a discutir. Eu estou me propondo a discutir,
aqui, o atinente à matéria em discussão. Não é...
(Aparte
anti-regimental da Verª Sofia Cavedon.)
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Mas
é o conteúdo, eu quero discutir não é a legalidade. Se o Governo chegou à
conclusão de fazer modificações, no Centro da Cidade, melhor do que aquilo que
tinha proposto anteriormente, qual é o crime que há nisso? Qual é o problema
político que há nisso? Se o Governo está dizendo que está incluindo novas ações
que são melhor para a Cidade, que são melhor para a cidadania; se ele quer
modificar...
Agora,
eu não tenho nenhuma dificuldade em enfrentar qualquer discussão da Cidade;
acho que nós tivemos problemas, sim, na gestão da limpeza. Graças a Deus que se
fez a concorrência, que há novas empresas, que vai ter mais lixeiras na Cidade,
e que nós possamos caminhar por um caminho com contêineres, logo ali na frente,
o que é altamente positivo. Acho que Governos têm as suas dificuldades;
qualquer Governo as têm. Vossas Excelências foram Governo. Então, vamos
discutir, não há problema nenhum.
Agora,
eu quero me ater à questão do Plurianual. O Plurianual está absolutamente
dentro do bom regramento da relação com esta Casa; se o Governo quer incluir
novas ações, ele podia até fazer essas inclusões e não pedir modificação no
Plurianual; aliás, isso aconteceu muitas vezes lá atrás. Mas o Governo está
pedindo para incluir, para fazer novas modificações. É simplesmente isto que
nós estamos votando; nós não estamos votando Orçamento para cá, Orçamento para
lá, não! Nós estamos corrigindo a rota da gestão, o que é absolutamente
salutar.
Então,
eu não tenho dúvida nenhuma que logo, na esteira do Plurianual, nós teremos a
Lei de Diretrizes Orçamentárias; na Lei de Diretrizes Orçamentárias nós temos a
Lei do Orçamento, que forma esse mosaico orçamental.
Então,
nós estamos, neste momento, corrigindo o Plurianual para, depois, nos
remetermos à LDO, e, num terceiro momento, ao Projeto que ainda não está na
Casa de decidir o Orçamento da Cidade que, como todos aqui sabem, veio para
esta Casa com uma forte construção da Participação Popular na área dos
investimentos. Eu sou daqueles que acham que nós deveríamos estender a
participação popular, não só para o investimento, mas para o custeio da
máquina, para o pagamento de funcionários, todas as demais demandas que dizem
respeito à gestão pública.
Por
isso, Srª Presidenta, eu encerro dizendo que temos a perfeita convicção de que
nós vamos aprovar, porque o Governo não está pedindo nada do que não esteja
dentro da boa razoabilidade política e dentro da legalidade, dentro daquilo que
estabelecem as Leis que regem esta matéria. Muito obrigado Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para discutir o PLE nº 017/07.
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Senhora
Presidenta, Verª Maria Celeste, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos acompanha
aqui e pela TVCâmara, nós já passamos pelo debate do Plano Plurianual e da
LDO no período de Pauta aqui na Câmara, e agora começamos o processo de debate
para a votação desses Projetos.
O Ver. Sebastião Melo esteve aqui; pelo visto, Verª
Sofia Cavedon, já representando a liderança do Governo, visto que o Prefeito
Fogaça, aderindo ao troca-troca de Partidos, sai do PPS e vai para o PMDB. O
Prefeito obviamente pode mandar, como disse o Ver. Sebastião Melo, do ponto de
vista legal, quantas vezes quiser o Plano Plurianual para cá; pode mandar. Só
fica mais claro para a população de Porto Alegre que este Prefeito não tinha
projeto para a Cidade, assim como também não tinha Partido. Não tem postura
ideológica nem programática; portanto, também não tinha uma proposta para a
Cidade de um projeto pessoal de alguém que agora procura um Partido para se
abrigar, porque quer ser candidato a Senador da próxima vez. Não quer ser
Prefeito de Porto Alegre e nem sequer tem projeto para a Cidade; pode mandar
quantos Plurianuais quiser. É óbvio que a lógica e a argumentação do Ver.
Sebastião Melo - na liderança do Governo, provisoriamente, visto que a Líder do
Governo não está aqui, e como também não se sabe o que vai acontecer com o PPS
-, que faz as vezes da Liderança do Governo e diz que o Prefeito pode mandar
quantos projetos quiser. Legalmente pode mandar quantos quiser; legalmente pode
mandar quantos Plurianuais quiser!
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quando
estava em Pauta o Plano Plurianual, este Vereador, sabendo que ia ser o
Relator, solicitou que os Vereadores fossem parcimoniosos nas suas emendas,
porque a inclinação do Relator era de rejeitar todas as emendas. Pois cabe ao
Executivo estabelecer o seu programa de Governo, e não aos Vereadores impor
ao Executivo o seu programa de Governo.
Eu
quero dizer que nós estamos discutindo errado. Se o Prefeito trocou de Partido
ou não trocou, para mim, não faz diferença, porque a Administração vai
continuar. Ele não vai mudar a Administração, sem nenhuma dúvida. Senão, quando
assume a Prefeitura, depois de quatro anos, um novo Prefeito, vai começar tudo
de novo. Não, eles vão continuar.
Então,
na realidade, meus nobres colegas apresentaram apenas quatro Emendas, e as
quatro foram rejeitadas. O Ver. Marcelo Danéris quer o Hospital Geral da
Restinga. Essa ação depende do convênio com o Hospital Moinhos de Vento.
Ninguém diz que não vai sair o Hospital, mas só quando esse convênio permitir.
Não adianta. Já nas administrações anteriores faziam a mesma coisa; só não saiu
o Hospital da Restinga! Então, não adianta aqui fazer isso, e depois tem fotografia
aí nas paredes.
O
Ver. Dr. Raul quer ação de atendimento e planejamento familiar para atender 20
mil pessoas. O Executivo já vem realizando esse atendimento na rede básica.
Então, foi rejeitada.
A
Verª Maria Celeste quer construir um trecho que liga a Plínio Kroeff à Av.
Assis Brasil numa extensão de mil e 200 metros. Tudo bem, o Orçamento
Participativo está aí. É só pedir e conseguir no Orçamento Participativo. Ou o
Orçamento Participativo não vale mais?
A
Verª Maria Celeste também quer coleta seletiva em vilas. Essa ação já vem sendo
realizada, inclusive com cronogramas.
Tem
três Emendas que foram aprovadas. Uma da própria Comissão de Finanças, que
excluiu colunas porque evitou, assim, que viesse mais uma Mensagem
Retificativa; e duas, que aqui dizem ser de relator, mas na realidade foram
emendas da própria Comissão, da assessoria da Comissão, para que se pudesse
estabelecer uma redação coerente e inteligível. Apenas isso.
Então,
eu acho que o Plano Plurianual está bom, está dentro daquilo que foi feito
inicialmente. Agora, a Câmara aprovou que ele poderia fazer alterações ao longo
da sua Administração, e ele está fazendo o que a Câmara autorizou. Por isso eu
acho que nós apenas temos que votar e não discutir mais, porque não vai
adiantar nada. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Ver. João Antonio Dib.
O
Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir
o PLE nº 017/07, por cedência de tempo do Ver. Haroldo de Souza.
O SR. SEBASTIÃO MELO:
Srª Presidenta, Verª Neuza Canabarro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, primeiro, quero dizer ao meu querido
amigo, Ver. Marcelo Danéris, que a Verª Clênia é a Líder do nosso Governo, tem
feito um extraordinário trabalho, portanto aqui somos coadjuvantes desse
processo.
Agora, quero
enfrentar o conteúdo da matéria em discussão e até as provocações aqui
colocadas. Quero começar pelo Hospital da Restinga, meu caro Ver. Ervino. A
Prefeitura, na gestão Tarso/Verle, conveniou com a Ulbra para colocar hospital
na Restinga. Fez uma combinação auricular, não tinha nada escrito, e, no meio
do caminho, rompeu o dito convênio - e isso veio parar na Comissão de Saúde que
eu presidia, e lá pude ouvir os dois lados -, que acabou resultando numa dívida
de 30 ou 40 milhões em impostos, não pagos pela Ulbra até agora, porque ela
dizia que o preço de ir para a Restinga era ter a isenção de seus impostos, e
isso está pendente até agora. Buscou-se, então, não gratuitamente, o convênio
com o Hospital Moinhos de Vento, que luta pela filantropia, e há exigências
para chegar à filantropia. Portanto, o Moinhos de Vento não foi de bacana para
a Restinga; foi porque quer buscar a filantropia, que lhe traz muitas
vantagens, sim, e tem contrapartida.
E veio de Brasília o
Ministro da Educação - e eu não sei se veio no avião da FAB, em avião
ministerial, em avião de carreira, Ver. Haroldo, e quero agradecer-lhe pela
cedência do tempo - exclusivamente para tentar, na eleição do PT, dizer que o
PT, continuando no Governo, faria o Hospital da Restinga.
Cá para nós, V. Exª
sabe, Ver. Marcelo Danéris - porque o senhor é extremamente competente, e eu
tenho um respeito muito grande por V. Exª -, que o Governo não tem dinheiro
público para fazer o Hospital, e isso depende de um convênio, e esse convênio
está nessa espera que eu coloquei a V. Exª Mas V. Exas, na véspera da eleição,
distribuíram um panfleto indevidamente dizendo que construiriam o Hospital -
havia um esboço, não tinha um projeto.
Segundo, querem falar de palavra empenhada? Vamos
falar, Ver. Sebenelo. Quem é que empenhou a palavra de se eleger Prefeito da
cidade de Porto Alegre e foi para a câmara de televisão e, questionado pelo Dr.
Collares, disse: “Peremptoriamente, eu jamais deixarei a Prefeitura de Porto
Alegre para postular o Governo do Estado”. E o que fez o Sr. Tarso Genro? Dois
dias depois, o Sr. Tarso Genro foi lá e renunciou a Prefeitura de Porto Alegre
e, depois, perdeu a eleição para o companheiro Rigotto.
Então, não quero adentrar nesse campo, porque acho
que desqualifica o debate; eu quero manter o debate aqui no Plurianual, mas sou
obrigado a responder: o Prefeito tomou uma decisão, dentro de uma legislação
vigente, com a qual eu não concordo, pela qual eu luto todo dia para mudá-la,
mas sou um Legislador Municipal, e o Congresso Nacional, lamentavelmente, se
presta a muitas coisas menos para enfrentar a Reforma Política, porque isso não
interessa à grande maioria. Aliás, o Presidente Lula estimula muita gente a
trocar de Partido lá em cima, sim, e nós sabemos disso, porque não é
contestado; o que é ruim! Extremamente ruim!
Mas quero finalizar, dizendo, minha cara
Presidenta, que o que está em votação são duas coisas simples: o Governo pede a
inclusão de novas ações, o que é salutar; e o Governo propõe modificações no
Plurianual, o que é salutar!
Então,
eu não estou votando outra coisa. Eu não estou votando mudança de Partido, eu
não estou votando o Hospital da Restinga, eu não estou votando o Projeto
Entrada da Cidade e nem o Socioambiental, mas quero dizer que, se depender de
mim, todos esses temas podem vir à baila, porque eu acho que nós vamos
qualificar o debate maduro e, evidentemente, que quem vai ganhar com isso é a
democracia, é a Cidade, é a cidadania. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir o PLE nº 017/07.
O SR. ADELI SELL: Srª Presidenta, Verª Neuza
Canabarro; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, nós bem que poderíamos
votar agora, pois o Projeto seria derrotado, porque, se a nossa Bancada
continuar com essa postura tida aqui pelo Ver. Sebastião Melo, se ele fala
efetivamente pelo Governo, pela primeira vez nós votaremos contra o Plurianual
e a LDO. Já votei contra o Relator da Comissão de Economia, Finanças e Orçamento,
porque há coisas que nós discutimos, acertamos e devem ser respeitadas. O meu
primeiro motivo de ter votado contra foi porque o Prefeito José Fogaça, ao ser
cobrado pelos operadores do Porto Seco - gostaria que o Ver. João Carlos Nedel
estivesse presente, ouvindo; está aqui, ele sabe da importância do tema, do
acesso norte no Porto Seco -, disse que um Vereador poderia fazer uma Emenda.
Pois a Vereadora, Presidenta da Casa, que mora na região, utilizando-se do
desafio do Prefeito, corretamente fez a Emenda do acesso norte. A Emenda foi
rejeitada!
As senhoras e os senhores estão ouvindo? A Emenda
foi rejeitada! Fez-se um barulho de que se resolveria o problema do Hospital da
Restinga. Aqui, eu fui acusado, certa feita, por um Vereador de estar
propalando o Hospital da Restinga e o compromisso de investimento federal como
uma grande mentira. Que o atual Governo faria efetivamente o que o PT não teria
feito, que é a sua parte. Por que então tiraram o Hospital da Restinga da
parada, Ver. Marcelo Danéris? Essa pergunta também faço acompanhando o seu
questionamento. E digo mais, o Plurianual já foi modificado várias vezes, no
ano passado foi assim. Este ano, ele veio eivado de erros, e o Ver. João Dib,
que bateu na mesa, corretamente, disse que esperava que não se fizesse um monte
de Emendas que não têm nada a ver com o Plurianual, pois ele teve que fazer o
maior número de Emendas. Claro que numa só, mas ele teve que fazer todas as
correções dos erros, bobagens, idiotices do Governo Municipal, pois o Ver. João
Dib teve que fazer o papel do Executivo Municipal, o que não é a sua tarefa. A
sua tarefa é de legislador, de fiscal do Executivo! Mas V. Exª teve de fazer
uma tarefa que o Executivo se negou a fazer, por incompetência, por desdém, por
desleixo.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Adeli Sell, as Emendas,
apesar de assinadas por mim, são da Comissão, porque, na verdade, nós estamos
fazendo alterações de redação, concluindo frases que não estavam concluídas, nada
mais do que isso.
O SR. ADELI SELL: Não é preciso
falar mais nada! O Ver. João Antonio Dib já falou tudo! Concluir frases que não
estavam terminadas! Fazer adequações que estavam erradas! Pois quem faz isso é
o Governo! Mostra uma gestão incompetente, autoritária, desleixo com a boa
norma jurídica legislativa! A mesma coisa aconteceu com o Plano Diretor! Mandam
um Plano Diretor para cá cheio de erros e querem que os Vereadores assumam os
erros da Prefeitura? Mas o que é isso? Onde nós estamos? Tanto que ninguém nos
rebate! O Ver. Sebastião Melo não teria argumentos contra formulações
equivocadas. O Ver. Sebastião Melo é advogado, militante, e sabe que está
errado... O Ver. João Antonio Dib foi Prefeito, é responsável, e mostrou aqui,
não precisou eu terminar a minha frase. O Ver. João Antonio Dib, num aparte, me
ajudou enormemente. O Governo é incompetente mesmo, faz as coisas erradas, não
aceita o contraditório, o que o faz um Governo tremendamente autoritário. Pena
que muita gente na Cidade não veja tudo isso e que essa coisa fique entre
quatro paredes, ficando nós, Vereadores, falando somente para os nossos
telespectadores do Canal 16. Eu gostaria de ver a réplica ou a tréplica, melhor
dizendo, do Ver. Sebastião Melo. Mas como talvez hoje o pessoal não esteja mais
disposto, já está na lona, já foi nocauteado, quem sabe se recobra para
quarta-feira e o capítulo da novela continua. Por sinal, ruim essa novelinha,
hein?
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver.
Adeli Sell.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Srª
Presidenta, requeiro verificação de quórum.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Antes da
verificação de quórum, eu gostaria de chamar a atenção dos Srs. Vereadores no
sentido de que nós temos prazo para entregar o Orçamento, que tem de chegar
aqui no dia 15! Faltam 14 dias, nós só temos uma Sessão, na quarta-feira, e
faltarão somente 12 dias!
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Por gentileza,
solicito a abertura do
painel eletrônico para a verificação de quórum. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.)
Há
quórum para discussão, com a presença de 13 Senhores Vereadores.
O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o PLE nº 017/07.
Desiste. Encerrada a discussão. Em votação o PLE nº 017/07. (Pausa.) Vereadores
inscritos para encaminhamento: Ver. Adeli Sell...
O
SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento):
Requeiro nova verificação de quórum.
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Solicito
a abertura do painel eletrônico para nova verificação de quórum. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.)
Não
há quórum, estão encerrados os trabalhos de presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h01min.)
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